28/04: EMPRESAS DÃO EXEMPLO NO DIA DA EDUCAÇÃO

A conciliação entre trabalho e estudos pode ser bem menos difícil quando os patrões acreditam na educação. Prova disso é a experiência vivida pelos colaboradores da Consciente Construtora e Dinâmica Engenharia por meio das salas de aulas improvisadas em meio aos canteiros de obra da empresa. Ali, professores e alunos dão um exemplo a ser seguido nesta data (28/04) em que é comemorado o Dia Internacional da Educação. O empenho dessas empresas tem feito toda a diferença na vida de pessoas como o pedreiro Israel Araújo Freitas, de 24 anos. Depois de alguns meses de estudo em um dos canteiros da Dinâmica, ele conta que finalmente conseguiu o diploma de conclusão do ensino médio e que, agora, sonha em se tornar engenheiro civil. Israel relata que ficou por mais de dez anos longe da escola, por conta da vida difícil que levava em seu Estado natal, o Pará, e que viu na escolinha uma oportunidade de crescer na vida e melhorar a renda. “Me formei em um ano e três meses e agora estou estudando para o Enem”, destacou ele. Apesar de o sonho ser o de se tornar engenheiro civil, ele declara que pretende fazer primeiro um curso de mestre de obras, para poder, desde já, melhorar a vida da família. Outro que mostra que dedicação e força de vontade fazem toda a diferença é o ajudante de carpinteiro, Luis Carlos das Neves Nogueira, de 41 anos. Depois de 26 anos fora da sala de aula, ele dá conta de que até sentiu dificuldade nas primeiras aulas que recebeu na Consciente Construtora, mas que agora pegou o ritmo.“Voltei porque sempre tive vontade de estudar, mas não tinha chance. Foi uma oportunidade muito boa trabalhar e estudar no mesmo local”, comentou. A professora Paula Gabriela Ribeiro Reis, de 23 anos, diz que o trabalho de ensinar em um canteiro de obras não é fácil, mas que a motivação dos alunos tem feito toda a diferença no plano de ensino. “É difícil trabalhar com eles, mas é motivador quando vejo o crescimento intelectual. Esses alunos têm muita vontade de aprender”, ressalta. A docente conta que tem de utilizar várias técnicas, por se tratar de outro tipo de público, diferente do ensino convencional. A média de idade dos inscritos nos programas de formação das construtoras varia de 18 a50 anos e as aulas são ministradas no período das 17 às 20 horas. Segundo a também professora Glicia Heloisy Gomes , de 23 anos, os profissionais valorizam bastante a nova oportunidade, já que muitos deles não abandonaram os estudos por vontade própria, mas, em virtude do trabalho pesado e cansativo que exercem. “Eles são mais interessados que crianças e adolescentes e dão valor à oportunidade. Não ficam brincando na sala e frequentam assiduamente as aulas”, resumiu ela acerca do comportamento exemplar dos alunos. (Fonte: O Hoje)  

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