PROCURA POR IMÓVEIS SUSTENTÁVEIS CRESCE NO BRASIL

O investimento em construções sustentáveis ganha cada vez mais espaço no mercado imobiliário. A procura pelo principal selo de certificação de sustentabilidade na área, o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), é crescente e indica aos compradores quais empreendimentos estão, de fato, dentro dos padrões de respeito ao meio ambiente. O selo é considerado o principal do mundo para empreendimentos sustentáveis e está presente em mais de 150 países. Nesta lista, atualmente, o Brasil ocupa uma das primeiras posições no número de iniciativas na área, juntamente com países como Estados Unidos e China.

Isso demonstra que o setor imobiliário brasileiro está amadurecendo e que essa não parece ser uma tendência passageira. Quando um projeto solicita a certificação, além de mostrar que foi desenvolvido sob padrões sustentáveis, busca a valorização do empreendimento. Isso porque, além do embelezamento paisagístico, a adição do verde aliada a soluções que são benéficas para o meio ambiente, em projetos arquitetônicos de residências e incorporações, é capaz de incrementar em até 30% o valor dos imóveis, de acordo com o que prevê a cartilha do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os interessados em comprar imóvel hoje já procuram por diferenciais que destaquem as questões sustentáveis.

Os imóveis sustentáveis são aqueles que minimizam os impactos causados à natureza com a sua construção e manutenção. Além disso, esse tipo de empreendimento também pode ajudar a economizar gastos. Por utilizarem os recursos naturais e consumirem as matérias-primas de maneira consciente durante o projeto, posteriormente, os gastos com energia e manutenção são reduzidos de maneira considerável. Já para os moradores que apostam nesse segmento, se a compra de um imóvel sustentável pode sair com o valor um pouco mais alto do que um imóvel convencional, essa diferença de valores é facilmente abatida com a economia gerada pela sustentabilidade. As vantagens surgem a médio e longo prazo e costumam estar na redução dos gastos nas contas de luz, de água e de gás.

Aplicação de materiais recicláveis, gestão e economia de água e energia elétrica, aproveitamento dos recursos naturais (ventilação e iluminação natural, reutilização das águas pluviais), utilização de painéis para captação de energia solar, gestão e destinação correta dos resíduos na edificação e preservação das áreas verdes no entorno são algumas das medidas para a conservação da natureza e minimização dos impactos negativos causados a ela pelo setor da construção civil. Ao mesmo tempo, tais medidas também proporcionam um abatimento das despesas com moradia.

Outra forma de diminuir vários efeitos negativos da engenharia civil ao meio ambiente é o investimento no uso da vegetação no projeto. “Ela pode reduzir a poluição, o consumo de energia dos edifícios, aumentar o isolamento do som – dependendo do material empregado para disposição das placas e/ou vasos de plantio –, e a resistência ao fogo, além de proporcionar mais longevidade da membrana do telhado e paredes de fachadas, garantir o escoamento de água da chuva por meio de gotejamento para sua umidificação, manutenção de clima interno, melhoria da qualidade do ar, entre outros benefícios”, explica Fabrício Pereira, sanitarista e proprietário da Bonjardim Ambiental, empresa especializada em implantação e manutenção de áreas verdes.

A obtenção de um ambiente mais fresco e arejado, graças à valorização de áreas ajardinadas, gramados e bosques, e que proporcione mais qualidade de vida aos moradores também são benefícios bastante visados pelo compradores. “A implantação de áreas verdes nesses imóveis e empreendimentos também é capaz de tornar a temperatura das unidades mais agradável, ajudando a diminuir o calor excessivo típico das grandes cidades”, completa o especialista.

Fonte: O Lagoa

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