PREÇOS DOS IMÓVEIS RESIDENCIAIS AINDA SUBIRAM EM MARÇO

Os preços dos imóveis residenciais novos ainda subiram em média 1,45% em março, na comparação com fevereiro. Foi o que apurou a pesquisa do Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), realizada em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

Após a ligeira desaceleração registrada em fevereiro (0,92% ante 1,03% em janeiro), o crescimento do índice voltou a acelerar em março. No acumulado de doze meses encerrados em março, o crescimento foi de 7,40%, ante os 6,09% registrados no mesmo acumulado até fevereiro.

Entre as dez capitais analisadas pela pesquisa do IGMI-R, o destaque positivo foi São Paulo, que registrou crescimento do índice de 2,26% em março e de 12,17% no acumulado de doze meses.

No primeiro trimestre, o indicador cresceu 3,05% em relação ao trimestre anterior, que por sua vez já havia crescido 1,32% ante o terceiro trimestre de 2019, após este crescer 0,98% contra o segundo trimestre do ano passado.

São Paulo teve uma elevação de 4,82% no primeiro trimestre de 2020 sobre o último de 2019, enquanto Belo Horizonte e Recife apresentaram o menor crescimento (0,86%), ainda que nos dois casos esse valor tenha representado uma elevação sobre os respectivos resultados do último trimestre de 2019.

Os efeitos negativos da recessão iniciada em 2014 sobre os preços dos imóveis residenciais foram significativos, e só começaram a ser revertidos em meados de 2018 em termos nominais, ainda que de forma bastante heterogênea entre as capitais. Somente em 2019 voltaram a se observar variações nominais positivas em todas as capitais analisadas pelo IGMI-R.

Algumas delas, como São Paulo, também registraram ganhos em termos reais, comparando-se o resultado com as variações acumuladas dos índices de preços ao consumidor. Ao final do primeiro trimestre de 2020, enquanto a variação acumulada em 12 meses do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 3,3%, apenas no Rio de Janeiro e no Recife as variações acumuladas do IGMI-R no mesmo período ainda ficam abaixo desse patamar.

Na análise da Abecip, a continuidade desse processo de aceleração do crescimento dos preços nos próximos meses estará sujeita ao conjunto de incertezas trazidas pelos efeitos da pandemia sobre os principais agregados macroeconômicos.

Fonte: Sinduscon/SP

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