PESSIMISMO NA CONSTRUÇÃO DIMINUI, MAS PERSISTE

O pessimismo do empresário da construção continua diminuindo, mas ainda persiste. O índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção), medido pela Sondagem da Confederação Nacional da Indústria, aumentou 3,7 pontos e registrou 46,3 pontos em julho.

A pontuação vai de 0 a 100, sendo que denota otimismo a partir de 50 pontos. Esta foi a terceira alta mensal consecutiva do índice, após as fortes quedas em março e abril. Ainda assim, o indicador segue abaixo da média histórica de 53,5 pontos. A sondagem ouviu 453 empresas entre 1º e 13 de julho, das quais 159 pequenas, 196 médias e 98 grandes.

Entre os componentes do ICEI-Construção, o indicador de expectativa aumentou 4,4 pontos e o de condições atuais aumentou 2,3 pontos. Ou seja, há ligeira “despiora” na percepção das condições atuais, sendo menos pessimistas as expectativas para os próximos meses.

A maioria dos indicadores de expectativas está próxima à linha divisória de 50 pontos. Os empresários contam com estabilidade do nível de atividade nos próximos seis meses, e não esperam mais quedas significativas.

Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados registraram, respectivamente, 49,5 e 49,4 pontos, após avanços de 5,3 e 5,7 pontos, respectivamente.

Os índices de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços avançaram 4,4 e 4,6 pontos, respectivamente.

O indicador de expectativa em relação à atividade registrou 50,1 pontos, demonstrando que a confiança para os próximos meses passou de negativa para neutra. Já o índice de expectativa em relação a novos empreendimentos e serviços registrou 48 pontos, ou seja, ainda não se esperam novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses.

Investimentos

A intenção de investimento aumentou 3,8 pontos em julho, registrando 34,8 pontos e superando sua média histórica de 34,1 pontos. O índice ainda segue distante do patamar em que estava no período pré-crise, quando registrava valores acima de 40 pontos.

O indicador da evolução do nível de atividade passou de 37,1 pontos em maio para 44,3 pontos em junho. A média histórica deste índice é de 45,4 pontos.

O indicador de evolução do número de empregados registrou 43,3 pontos e está próximo da média histórica de 43,8 pontos.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) apresentou um pequeno aumento em junho, mas segue baixa, indicando que o setor está desaquecido e ocioso.  A UCO avançou 2 pontos percentuais (p.p.) na comparação mensal, alcançando 55% em junho. Apesar da melhora, a ociosidade do setor permanece elevada e a UCO segue abaixo de sua média, de 61%. O indicador está 2 p.p. abaixo do valor observado em junho de 2019.

Fonte: Sinduscon-SP

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