A economista Ieda Vasconcelos, do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), fez uma análise sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, divulgado na quinta-feira (5/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que fechou o ano com crescimento de 1,1%, totalizando R$ 7,257 trilhões. Entre os destaques está o crescimento de 1,6% na construção.
Confira oito pontos sobre o crescimento da construção civil e seu impacto no PIB:
1 – A economia brasileira cresceu 1,1% em 2019, resultado que ficou dentro das expectativas do mercado, que variavam de 1,1% a 1,2%. Apesar disso, o desempenho ficou inferior a 2017 (1,3%) e 2018 (1,3%). Foi o terceiro ano consecutivo de alta do PIB. No período de 2017 a 2019 a economia nacional acumulou incremento de 3,75%, número que, apesar de positivo, não conseguiu ainda repor a queda de 6,68% observada no período da recessão (2015-2016).
2 – A alta na Construção (1,6%) certamente contribuiu para puxar o crescimento do PIB nacional e do PIB industrial (0,5%). O resultado, que ficou acima do incremento do País (1,1%), interrompeu uma sequência de cinco anos consecutivos de queda no setor.
3 – O consumo das famílias aumentou 1,8% no ano passado. A redução da taxa de juros e a melhora do mercado de trabalho ajudam a justificar este desempenho. Os investimentos também cresceram: 2,2%. A alta de 1,6% no PIB da Construção Civil certamente contribuiu para esse dinamismo. O setor é responsável por cerca de 50% dos investimentos. A taxa de investimentos no País encerrou o ano em 15,4%, número pouco superior a 2018 (15,2%), mas ainda muito distante dos resultados apresentados no início da década (cerca de 20%).
4 – No quarto trimestre de 2019 (em relação ao terceiro trimestre, na série com ajuste sazonal) a Construção Civil apresentou queda de 2,5% em seu PIB. Foi o pior desempenho dentre todos os setores de atividade. Esse resultado impediu uma melhor performance do setor em 2019. Vale lembrar que as estimativas sinalizavam alta de 2% no PIB da Construção.
5 – Alguns dos fatores que ajudam a explicar este resultado no quatro trimestre de 2019 são: as dificuldades de liberação de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o que certamente contribuiu para reduzir as obras no País; os investimentos em infraestrutura que não se concretizaram; e o direcionamento de verbas do FGTS para o consumo, que reduziu valores para o financiamento imobiliário.
6 – O desempenho do mercado imobiliário ajuda a explicar o melhor dinamismo da Construção. O Brasil registrou em 2019 uma alta de 15,45% nos lançamentos e de 9,7% nas vendas de imóveis residenciais novos, conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). As dificuldades apresentadas com o MCMV podem ter impedido um maior avanço setorial no ano passado. Conforme a pesquisa do mercado imobiliário da CBIC, a participação do MCMV que estava em torno de 50%, caiu para 45% em 2019 em função da redução do orçamento do FGTS.
7 – Apesar de ainda muito modesto, diante de uma queda acumulada de aproximadamente 30% no período 2014 a 2018, o resultado demonstra que o setor voltou a respirar. É a primeira consequência positiva deste novo cenário foi sentida no mercado de trabalho. Em 2019 a Construção Civil registrou um saldo positivo de mais de 71 mil vagas com carteira assinada, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
8 – A taxa de investimentos no País encerrou o ano em 15,4%, número pouco superior a 2018 (15,2%), mas ainda muito distante dos resultados apresentados no início da década (cerca de 20%).
Fonte: Agência CBIC
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