Apesar da crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus, o mercado imobiliário deve passar por um período de ascensão nos próximos meses no Distrito Federal. É o que apontam os dados levantados pela Associação dos Notários e registradores do Brasil (Anoreg-DF) e pelo Conselho dos Corretores (Creci-DF).
"Brasília é atípica, a renda per capta é concentrada e muito boa, e nós não conseguimos atender essa demanda por imóveis, é sempre reprimida", destaca o presidente do Creci-DF, Geraldo Nascimento.
Transações
Entre janeiro e agosto de 2020, houve um salto de 3.431 nas escrituras públicas de compra e venda, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Outro fator que indica o crescimento do setor é o aumento na arrecadação do Imposto Sobre Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI). A alíquota corresponde a 3% do valor das vendas de imóveis. Nos primeiros oito meses do ano, o governo arrecadou R$ 48,5 milhões com o tributo, R$ 12 milhões acima da previsão inicial. A projeção é de que esses recursos sejam oriundos de pelo menos R$ 1,6 bilhão em operações de venda de imóveis.
Perspectivas
A expectativa do mercado imobiliário é de que a tendência se mantenha pelos próximos dois anos. Segundo o Creci-DF, ao analisar a série histórica, os resultados do segundo semestre no setor costumam superar os dos primeiros seis meses do ano. Em 2019, 61% das escrituras foram assinadas entre julho e dezembro
"Em Brasília o imóvel não desvaloriza, é o melhor local para se investir. Agora vão sair novos bairros, vamos ter crescimento", frisou Nascimento. Para ele, o mercado deve continuar aquecido pelos próximos dois anos.
Pandemia
"Tivemos a pandemia e colhemos alguma coisa de positivo: as pessoas estão trocando de imóveis", ressalta o presidente do Creci-DF. "Com o 'fique em casa' estão vendo que ninguém está satisfeito com o que tem", completa.
Ao longo da pandemia, as famílias deixaram de gastar com itens como viagens, por exemplo, poupando mais recursos. O Creci-DF atribui a essa economia a disposição para compra de imóveis, já que neste período houve a oferta de condições mais favoráveis para os financiamentos.
Refúgio para investidores
Os especialistas ainda chamam a atenção para as quedas sucessivas da taxa básica de juros, a Selic, que estacionou a 2% ao ano. A redução do índice tornou os financiamentos mais baratos. No entanto, o retorno de aplicações em renda fixa, como Tesouro Direto e a poupança, ficou menos rentável aos investidores, que teriam migrado para alternativas com maior rentabilidade, mas ainda conservadoras, como os imóveis.
"Os investidores tradicionais do mercado financeiro automaticamente fogem para o mercado imobiliário, que é um investimento seguro, principalmente em Brasília", pondera Nascimento. "As pessoas querem investir de forma que vão ter retorno"
Fonte: Correio Braziliense
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