INCORPORADORAS VENDEM MAIS E LANÇAM MENOS NO SEGUNDO TRIMESTRE

As 20 empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) lançaram 12.577 unidades imobiliárias em junho de 2020, uma queda de 22,8% em relação ao mesmo mês de 2019. No segundo trimestre, lançaram 17.912 unidades, declínio de 33,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em junho, os lançamentos totalizaram 102.542, uma queda 1,9% em relação aos 12 meses anteriores.

Em junho, estas incorporadoras venderam 12.707 unidades, 25% a mais que no mesmo mês de 2019. No segundo trimestre, as vendas totalizaram 31.627 (+10,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado). No acumulado de 12 meses encerrados em junho, foram vendidas 120.599 unidades, um aumento de 4,6% em relação aos 12 meses anteriores.

Nas mesmas comparações, as vendas líquidas (sem as unidades distratadas) totalizaram 10.416 unidades em junho, um crescimento de 19,3%; 25.836 no segundo trimestre (+9%), e 101.462 nos últimos 12 meses (+9,2%). Os dados fornecidos pelas associadas da Abrainc são calculados em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

No segundo trimestre, o número de unidades entregues dessas incorporadoras recuou 18,2%. A relação distratos/vendas cresceu 1,2 ponto percentual. E a oferta média de unidades aumentou 15,3%.

Na análise de Abrainc, os dados resultam da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, inicialmente com restrições às atividades não essenciais e posteriormente com seu relaxamento progressivo e reabertura das economias locais.

Minha Casa

O segmento de Médio e Alto Padrão registrou queda de 76,3% nos lançamentos e de 32,4% nas vendas no segundo trimestre, na comparação ao mesmo período de 2019.

Já o segmento das faixas 2 e 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou queda menos expressiva nos lançamentos (-20,3%) e um aumento de 32,4% nas vendas no segundo trimestre.

Considerando a representatividade majoritária de imóveis classificados como MCMV no âmbito dos indicadores da Abrainc-Fipe, a entidade conclui que o resultado global foi amenizado pelo desempenho desses empreendimentos em cidades onde as vendas aproveitaram a oferta e as estruturas disponíveis, bem como o contexto macroeconômico favorável, marcado por queda nas taxas de juros e aumento na oferta de crédito.

Fonte: Sinduscon/SP

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