Depois de atingir um recorde de baixa em abril, o Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3 pontos em maio e chegou a 68 pontos. É sinal de estabilização em nível baixo, a exemplo do que se verificou com outros indicadores da FGV, pois o ICST ainda acumula queda de 26,2 pontos em relação a janeiro de 2020, quando atingiu 94,2 pontos (maior valor desde maio de 2014).
Houve, notou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, uma “despiora” do indicador da construção, refletindo “expectativas menos negativas, mas que se mantiveram em patamar que ainda representa um grande pessimismo com os próximos meses”. Não se pode, acrescentou a economista da FGV, supor que “o pior momento da crise deflagrada pela covid já passou”.
Os impactos negativos sobre o setor atingem os negócios em andamento em todos os segmentos. Evidência disso é o fato de que, em maio, 51% das empresas indicaram diminuição da atividade e 63% afirmaram que o ambiente de negócios está fraco.
A situação atual é considerada muito ruim pelas 566 empresas pesquisadas. A demanda é o maior problema, mencionado por 58,1% dos entrevistados, seguindo-se o item outros, citado por 41,5% dos consultados. Desses outros, o mais significativo é o novo coronavírus. Menos expressivas são as limitações de ordem financeira (19,1%), a competição no próprio setor (18,5%) e o acesso ao crédito bancário (14,7%).
A leve alta do ICST em maio se deveu, assim, à melhora relativa das expectativas para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 9,8 pontos, para 69,7 pontos, mas falta muito para se aproximar dos 100 pontos que separam os campos positivo e negativo, atingido entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020.
Outros dados, como os da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), dando conta de queda de 38,8% nas vendas de imóveis em relação a abril de 2019, confirmam a sondagem da FGV. Nada menos de 77% das empresas ouvidas pela CBIC entre 25 de abril e 4 de maio pretendiam postergar lançamentos. Quando as condições voltarem a ser favoráveis, o importante é que os compradores disponham de crédito a custos baixos.
Fonte: Estado de S. Paulo
Publicações relacionadas
Com mais de 20 anos de experiência em direito imobiliário, Melazzo assume liderança do CONJUR com compromisso de fortalecer iniciativas da construção civil no campo jurídico
Lançamento da Sousa Andrade Urbanismo em parceria com a Sobrado Urbanismo, a Fazenda Lumiar é um destino de lifestyle campestre, com design contemporâneo e lazer completo
Evento realizado em 26 de junho reuniu associados para esclarecimentos sobre as novas diretrizes da Prefeitura de Goiânia referentes ao TDC e à OODC
Promovido pela Sousa Andrade Construtora no Setor Marista, Pet & Prosa promete diversão, dicas e sorteios para os bichinhos de estimação