O mercado imobiliário de Goiás foi surpreendido com o decreto do Governo do Estado e da Prefeitura de Goiânia determinando a paralisação das atividades a cada 14 dias. Para obras da construção civil essa medida não funciona e não é tecnicamente viável. Toda obra exige continuidade, pois é completamente estratégica e sequencial, assim como outros setores que também possuem suas particularidades.
Por que apenas obras públicas podem continuar funcionando? No final do mês de junho, a obra da Avenida Leste-Oeste foi interditada pela Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb-GO) porque os profissionais não tinham segurança para trabalhar, nem ações preventivas e espaços adequados para evitar contaminação pela Covid-19.
Nas iniciativa privada, os investimentos na saúde do trabalhador são grandes e, neste momento de pandemia, eles cresceram. De consultório médico nas obras, transporte para funcionários, ambientes salubres e higienizados, ao cumprimento de um rigoroso protocolo que prevê ainda orientações, medições de temperatura, espaços para higiene pessoal, álcool em gel pela obra, cabines de desinfecção e acompanhamento do cumprimento das medidas in loco. Com as obras paralisadas, os operários passarão a fazer bicos, o que aumentaria o risco de contaminação de Covid-19 para todos. Porém, enquanto trabalham nas nossas obras, ficam em ambientes seguros e higienizados.
As incorporadoras e construtoras têm prazo para entrega dos empreendimentos. Temos clientes aguardando, com contratos e data certa para receber suas moradias. Financiamentos bancários que dependem de parcelas da obra a serem executadas. Nosso setor e toda a grande cadeia da construção precisam desta retomada para gerar renda, emprego e tributos.
Nosso segmento não foi contemplado com redução ou prorrogação de impostos, Refis ou qualquer outra ação para ajudar a iniciativa privada. Estamos nessa luta com nossas próprias forças, na tentativa de manter nosso trabalho e o sustento da família de mais de 17 mil trabalhadores que atuam hoje nos canteiros de obras apenas em Goiânia.
O que o poder público precisa, neste momento, é assumir sua responsabilidade pelo controle epidemiológico, testar mais a população para separar quem está contaminado, e iniciar, nos primeiros sintomas, o tratamento, como várias cidades e estados já estão fazendo e, assim, conseguindo esvaziar as suas UTIs e mudando a curva da doença. As construtoras e incorporadoras de Goiânia estão fazendo a sua parte.
Roberto Elias - empresário e presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO)
Fonte: Assessoria
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