CONSTRUÇÃO COBRA SOLUÇÕES ESTRUTURAIS CONTRA CRISE

  Em reunião do Conselho de Administração da CBIC, realizada no começo do mês, dirigentes da construção civil avaliaram o cenário nacional e decidiram cobrar do Executivo e do Legislativo soluções estruturais para a crise, sem o aumento ou criação de novos impostos – é o momento, disseram os executivos, de abandonar o receituário de curto prazo e olhar os desafios nacionais dentro de uma perspectiva de longo prazo. O setor é contra o resgate da CPMF e à fusão do PIS-Cofins e defende que esse debate seja colocado no escopo de uma reforma tributária que modernize a economia brasileira sem penalizar o cidadão e setores específicos da cadeia produtiva. “Se houver mais recursos, vão gastar. Tem que cortar o oxigênio para que o governo enxergue a realidade”, resume o presidente da entidade, José Carlos Martins, vocalizando posicionamento alinhado pelo setor. “É preciso atacar o problema estrutural do Brasil, que é o gasto público”, frisou. O setor trabalha para articular oportunidades que permitam a recuperação de seu desempenho. Nessa pauta, o aperfeiçoamento da modelagem dos projetos de Concessões e PPPs, de modo que mais empresas possam participar das licitações; a definição de novas formas de financiamento, com vistas a criar condições para a retomada de investimentos; e a revisão de marcos regulatórios que hoje impõem gargalos à atividade econômica e criam dúvidas da conveniência de realizar investimentos no País. Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, defende um “grande entendimento político”, frisando que as turbulências no Congresso Nacional têm atrapalhado o esforço para recolocar a economia nos trilhos. “A crise política atrapalha qualquer tentativa de superar a crise econômica”, resume de sua parte o economista-chefe da LCA Consultoria, Bráulio Borges. “A situação no nosso setor, hoje, é de imprevisibilidade”, completou o presidente da CBIC. “Foram contratadas obras, não pagam nem sabemos quando vão pagar. Pediram para reduzir o ritmo das obras e ainda assim não resolveu”. (Fonte: CBIC Hoje)

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