Com uma carteira de crédito imobiliário de R$ 465 bilhões e 5,6 milhões de imóveis alienados, a Caixa Econômica Federal vai reforçar a sua participação nos empréstimos que têm o imóvel como garantia. O banco pretende lançar, em até 45 dias, uma linha de financiamento especial para pessoas físicas com essa característica.
Os detalhes ainda estão sendo fechados, mas, para enfrentar a concorrência, a instituição pretende estabelecer uma taxa abaixo de 1% ao mês, com prazo de pagamento de até cinco anos. Segundo um técnico a par das discussões, o cliente poderá utilizar a garantia do imóvel em qualquer modalidade de crédito, como habitacional, por exemplo, mas a ideia é oferecer uma alternativa ao Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que está em 2,25% ao ano na Caixa.
Mutuário também é alvo
Para ampliar a base de clientes, a estratégia da Caixa é atrair pessoas que nunca tomaram crédito imobiliário no banco, ou que já quitaram o financiamento. Contudo, mutuários da instituição que estão prestes a liquidar o contrato também poderão se candidatar à nova linha.
Uma pessoa que tenha financiado um imóvel pela Caixa no valor de R$ 500 mil, por exemplo, e que esteja devendo R$ 100 mil, poderia tomar um crédito de R$ 50 mil na nova modalidade.
A Caixa não deverá fixar limite para a nova linha de crédito, que terá como base o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A medida está em linha com a orientação do Banco Central (BC) de estimular o crédito, tendo o imóvel como garantia — modalidade ainda pouco ofertada pelos bancos.
O total de crédito nessa modalidade gira em torno de R$ 10 bilhões, e a estimativa é que o mercado tem potencial para atingir R$ 500 bilhões, segundo uma fonte que está participando das discussões. A Caixa já opera com empréstimos com garantia de imóvel, mas o volume é baixo.
O diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, destacou que os bancos digitais e o Santander, por exemplo, já vêm atuando fortemente nesse segmento de crédito. Porém, o custo com cartório acaba dificultando o acesso da população a esse tipo de financiamento.
Impacto na concorrência
No entanto, ressaltou Ribeiro de Oliveira, se a Caixa entrar nesse mercado com uma taxa competitiva, há potencial para mexer com a concorrência:
- Há vantagens para o banco, como baixo risco nas operações e fidelização do cliente por um bom tempo, e para os consumidores, que poderão ter acesso a um prazo maior de financiamento com uma taxa mais em conta - disse.
Fonte: O Globo
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