O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, apoiou nesta quinta-feira (25), a iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) de buscar a ampliação do mercado de infraestrutura no Brasil com a participação de médias empresas. “É importante que haja transparência, concorrência e oportunidade para empresas de diversos tamanhos e níveis de sofisticação poderem contribuir com a resolução dos problemas do Brasil e com o aumento do nosso bem estar e da nossa capacidade produtiva”, disse.
Segundo Levy, o setor da construção civil tem uma capacidade muito significativa de aumento de produtividade. “Na medida em que temos as médias empresas crescendo – com mais acesso, estabilidade e previsibilidade no seu fluxo de trabalho – há a expectativa de novas tecnologias e, com isso, de um aumento da produtividade, o que também significa a capacidade de pagar melhores salários para as pessoas que vão produzir mais”, afirmou.
As declarações foram feitas durante a abertura do seminário ‘Novo Ciclo de Investimentos em Infraestrutura e a Transparência na Construção Civil’, promovido pelo banco em sua sede, no Rio de Janeiro (RJ), com apoio da CBIC, para discutir como fortalecer e modernizar o setor de construção civil no país. Foram abordados temas como as diretrizes no campo da segurança jurídica, o ambiente de negócios e o processo de adoção de compliance e de políticas de integridade na construção.
O evento contou com a participação das principais autoridades responsáveis pelas políticas públicas de infraestrutura no país, de investidores do setor e representantes da indústria.
Carlos Eduardo Gondim, da McKinsey & Company, apresentou o estudo ‘Novo Ciclo de Investimento na Indústria de Construção Civil e Infraestrutura – Agenda para o futuro’, realizado a pedido do BNDES (em parceria com o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o IFC), com um panorama do que o Brasil precisa fazer para responder às expectativas de um novo ciclo de construção e de infraestrutura. “Avaliando a relação entre a qualidade de sua infraestrutura e o desenvolvimento econômico de diversos países, vemos uma clara correlação entre esses dois fatores, que é ainda maior em países como o Brasil, que precisam desenvolver sua infraestrutura”, pontuou Gondim.
Credibilidade e ética são fundamentais para ampliação do mercado de infraestrutura
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, a credibilidade é requisito básico para permitir a ampliação do mercado de infraestrutura e o risco estrutural é o primeiro fator que baliza uma inserção maior de empresas no segmento, pois, custa e inibe o acesso ao crédito.
“A matriz de risco no setor tem que ser muito bem elaborada e aprofundada. Ao longo do tempo, por falta de credibilidade entre as partes, foram criadas barreiras e resistências de todos os lados. Ou partimos para um novo momento – conquistando o aval da opinião pública, agregando valor ao cidadão e trazendo transparência – ou estaremos sujeitos a riscos para o processo”, afirmou Martins, durante o painel ‘Novo Panorama da Construção Pesada no Brasil’.
A premissa de Martins foi reforçada pela ministra aposentada do Superior Tribunal Federal Eliana Calmon, na palestra ‘Segurança Jurídica e Novos Caminhos para o Setor de Construção’. Ela fez um resgate do histórico recente de combate à corrupção no país e relatou o trabalho que vem desenvolvendo como consultora no projeto ‘Ética e Compliance na Construção’, realizado pela CBIC e pelo Sesi Nacional.
Segundo a ministra, o projeto tem incentivado as empresas a deixarem todo o seu funcionamento absolutamente transparente. “A CBIC vem chamando as construtoras para mostrar as vantagens de se utilizar do compliance com o objetivo de se proteger de futuros desgastes ou responsabilidades outras, até perante os seus clientes”, explicou, exemplificando os benefícios da postura proativa para a melhoria do mercado.
No mesmo sentido, o secretário-geral adjunto de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Marcelo Luiz Souza da Eira, disse que o setor privado está muito atento e envolvido com programas de ética e compliance. “Porém no setor público, na administração pública, esse envolvimento não está existindo, e é essencial que [o compliance] avance também nos órgãos públicos, onde continua extremamente alto o potencial de corrupção“, apontou, durante o painel Estratégia, Governança e Estruturação de Projetos de Infraestrutura.
Pela CBIC, também participaram do seminário o vice-presidente de Infraestrutura, Carlos Eduardo Lima Jorge, e a gestora de projeto de Infraestrutura, Denise Gomes.
Os temas relacionados a Infraestrutura têm acompanhamento no Projeto Melhoria da Competitividade e Ampliação do Mercado na Infraestrutura, realizado pela CBIC em correalização com o Senai Nacional.
Fonte: Agência CBIC
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