PREÇO DOS IMÓVEIS RESIDENCIAIS MANTÉM QUEDA EM JULHO

O preço médio dos imóveis residenciais manteve o recuo de 0,03% em julho em relação a junho, segundo o índice FipeZap. No acumulado de janeiro a julho, porém, houve alta nominal de 0,26%. E nos últimos 12 meses, um crescimento de 0,28%.

Para Mauro Teixeira, sócio-diretor da TPA, o recuo nos preços dos imóveis nos últimos meses foi reflexo de um movimento das incorporadoras, que fizeram promoções para reduzir os seus estoques. “Agora que os estoques estão baixos e os lançamentos foram retomados, a expectativa é de que o mercado imobiliário inicie uma recuperação lenta e os preços voltem a subir.”

Considerando a inflação prevista de 3,26% para esse intervalo, segundo o IPCA, o FipeZap acumula uma queda real de 2,89% nos últimos 12 meses.

Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe, acredita que o mercado imobiliário caminha para uma retomada nos preços dos imóveis nos próximos meses.

“Temos condições para uma retomada de crescimento do setor. A reforma da previdência está caminhando, o que afeta diretamente a confiança dos empresários, os juros estão em queda e o mercado de trabalho em recuperação. Em algum momento isso deve refletir nos preços dos imóveis.”

Preço médio do m² foi de R$ 7.179

Das 16 capitais monitoradas pelo índice, Vitória (+3,61%), Florianópolis (+3,28%) e Brasília (+3,04%) apresentaram as maiores elevações de preço no período, enquanto João Pessoa se manteve como a cidade com maior recuo (-3,16%), seguida por Campo Grande (-2,97%) e Fortaleza (-2,39%).

Em julho, o preço médio de venda de imóveis residenciais foi de R$ 7.179/m². A cidade do Rio de Janeiro registrou o preço do m² mais elevado (R$ 9.398/m²), seguida por São Paulo (R$ 8.952/m²) e Brasília (R$ 7.268/m²). Os menores valores foram identificados em Campo Grande (R$ 4.102/m²), Goiânia (R$ 4.247/m²) e João Pessoa (R$ 4.492/m²).

Imóveis voltam a ser boa opção de investimento

O consultor imobiliário Carlos Alberto Razuk acredita que com a baixa da Selic, muitas aplicações do mercado financeiro passarão a render menos. Com isso, os imóveis voltarão a atrair a atenção de investidores, principalmente internacionais.

“A estabilidade imobiliária terá uma alta boa e contínua, o que atrairá a atenção de investidores estrangeiros. Nossos imóveis são muito baratos em relação aos de outros países."

Segundo ele, com a aprovação da reforma da previdência, a baixa dos juros e o aquecimento da economia, gerado com as novas regras do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], o cenário estará muito favorável para atrair investidores do mercado internacional.

Razuk estima que os preços dos imóveis devam começar a subir gradativamente a partir de novembro.

Fonte: Portal R7

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