PLANEJAMENTO E SEGURANÇA JURÍDICA SÃO CHAVES PARA DESTRAVAR INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA

A retomada do investimento em infraestrutura passa pela iniciativa privada e depende de uma melhoria no ambiente de negócios — nesse campo, o planejamento e a segurança jurídica são essenciais para resgatar a confiança do investidor. Essa é a síntese do painel “Infraestrutura, destravando o crescimento econômico”, que abriu o segundo dia de atividades do Congresso Aço Brasil 2018, na cidade de São Paulo. “Esse debate é essencial para o País”, avaliou Benjamin Mário Baptista Filho, conselheiro do Instituto Aço Brasil e presidente da ArcelorMittal Brasil. “Precisamos mudar a mentalidade e focar no resultado final”, afirmou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Durante o painel, Martins apresentou um panorama da indústria da construção e reiterou a importância da infraestrutura como vetor de desenvolvimento e geração de novos empregos no país. “O momento exige decisões que restabeleçam a segurança jurídica. Não é concebível vivermos como vivemos hoje”. Para ele, a indústria nacional, e notadamente a construção civil, tem todos os atributos necessários para ajudar o país a sair da crise. “Nós não queremos dinheiro público. Nos basta condições para trabalhar, em um mercado com regras claras e perenes”. Líder do programa de infraestrutura e desenvolvimento sustentável do Banco Mundial, Paul Procee, destacou que o Brasil investe a metade da média de outros países em infraestrutura e apontou como desafio a melhoria na qualidade dos gastos. “Não basta gastar mais dinheiro, é preciso gastar melhor”, afirmou. Segundo ele, o principal problema do Brasil hoje é a falta de planejamento. “O investidor quer entrar, mas não tem perspectiva de futuro”, comentou. No mesmo painel, Eliana Taniguti, diretora da E8 Inteligência apresentou estudo mapeando o consumo potencial de aço com a plena execução das obras listadas no PPI — foram avaliados 54 projetos, em cinco segmentos (aeroportos, ferrovias, rodovias, óleo e gás, porros), que juntos significariam o investimento de R$ 94,7 bilhões. “Se forem realizadas, essas obras consumirão 8,4 milhões de toneladas de aço.   Fonte: CBIC

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