O relator da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, deputado Kim Kataguiri (DEM/SP) afirmou que os principais pontos sobre o projeto foram levantados, discutidos e que a pauta já é um consenso. “Chegamos em um nível de maturidade do debate que não se via antes. A redação está pronta para ser votada em plenário e a padronização das normas é o primeiro ponto, pois de fato não existe uma lei geral de licenciamento ainda”, ressaltou.
O deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, também é defensor da norma e acredita que mais de 80% do texto é passível de aprovação, porém, existem pontos que são inegociáveis e que podem encontrar resistência. “Uma boa parte do texto é consensual, a respeito de melhorar esse sistema de licenciamento, mas ainda tem pontos bem complicados, por isso sugiro levar ao plenário apenas os consensos entre os diferentes setores”, disse.
Quando o assunto é o prazo de votação, o relator acredita que o texto deve ser votado no plenário da Câmara Federal apenas no ano que vem. De acordo com o Kataguiri, “o projeto já está próximo de um acordo com a oposição, governo e com parlamentares ambientalistas, mas o calendário do congresso nacional, que ainda nem votou o orçamento, está bastante prejudicado”. O deputado fez a afirmação durante um debate sobre a Nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental com a região Sudeste, nesta segunda-feira (26), realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), com o apoio da Ademi-ES, AELO, Secovi-SP e dos Sinduscons do Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Kataguiri destacou ainda que o setor da construção, como outros setores, não se nega a mitigar os impactos causados, só quer saber quais são as condicionantes e que elas sejam proporcionais aos impactos. “Hoje existe uma exploração da licença ambiental de forma abusiva, por isso incluímos no relatório pontos para regular essas licenças de forma mais transparente e mais precisa nas condicionantes. Nós sabemos que o desenvolvimento econômico é necessário, mas deve ser praticado em harmonia com a sustentabilidade”, alertou o parlamentar.
De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o evento reforçou o apoio do setor ao Projeto de Lei 3729/04, que tramita na Câmara Federal há 15 anos. “Precisamos de uma legislação clara que reduza a insegurança jurídica. Hoje temos um emaranhado de legislações, que precisa ser uniformizado a partir da nova lei. Nós sabemos da luta para aprovação, mas acredito que agora vamos conseguir essa vitória que vai beneficiar toda a sociedade e proteger o meio ambiente”, afirmou Martins.
Marcos Saes, consultor da CBIC defendeu que enfrentar o licenciamento ambiental é complexo e deve ser realizado de maneira preventiva, mas da forma que está hoje, regulado por um furacão de normas, está impedindo a obtenção das licenças. “A alteração do sistema de licenciamento brasileiro é essencial, pois as normas válidas hoje são das décadas de 80 e 90, o que comprova que estão obsoletas. Precisamos de uma atualização que viabilize as mesmas regras para todos, a modernização do sistema, simplificação e segurança jurídica. Tão grave quanto a falta de estrutura operacional pública para o setor de licenciamento ambiental é a notória insegurança jurídica em que vive o setor”, afirmou.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da CBIC, Nilson Sarti, reforçou a necessidade da construção de uma lei estruturada para destravar os investimentos. “Não queremos flexibilização, mas sim uniformização, modernização, simplificação e segurança jurídica, além de dar um conforto para quem está assinando as análises técnicas. Já mostramos para a sociedade que a lei está madura e foi exaustivamente discutida em todos esses anos, por isso precisamos agora que ela seja aprovada”, disse Sarti.
Fonte: Agência CBIC
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