Ministério das Cidades lança estudo sobre demanda futura por moradias

Projeto inclui software para simulação de projeção de demanda por imóveis até 2040. Aplicativo permitirá aos estados e municípios conhecerem antecipadamente o déficit habitacional e se organizarem para suprir a carência de moradias no País Acompanhar de perto as mudanças estruturais na população para oferecer uma ferramenta de apoio ao planejamento de políticas públicas e privadas de estados e municípios, tornando suas ações mais eficazes. Essa é a proposta do trabalho realizado pelo Ministério das Cidades, que culminou, nesta semana, no lançamento do livro Demanda Futura por Moradias: Demografia, Habitação e Mercado. O estudo apresenta a projeção da demanda futura por moradias no Brasil, entre 2010 e 2040. Os resultados, com várias possibilidades de cruzamento nas escalas projetadas, poderão ser consultados por governos e empreendedores no software Projeção da Demanda Demográfica por moradias. O lançamento do aplicativo está previsto para o próximo mês de agosto. O setor da construção recebe bem a iniciativa. “Sempre vemos com bons olhos novas ferramentas que possam ajudar ao País na saída do flagelo que é a falta de moradia para milhões de brasileiros. As famílias mais necessitadas agradecem”, destaca o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci. Com uma interface amigável e de simples operação – compatível com o sistema operacional Windows (versão 10 ou superior) –, o programa poderá ser acessado na página destinada a publicações da Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do Ministério das Cidades. Pelo aplicativo, estados e municípios poderão simular projeções de demanda por imóveis até 2040, conhecendo antecipadamente o déficit habitacional a tempo de se organizarem para suprir a carência de moradias no País. Se as hipóteses se confirmarem, abre-se uma janela de oportunidades para a política de habitação e parte dos problemas associados à moradia estará equacionada na próxima década. No entanto, para que isso ocorra, ressalta que os níveis de investimento em políticas de habitação deverão ser mantidos nos níveis dos últimos 10 anos. No trabalho, a questão habitacional é abordada do ponto de vista demográfico e contempla três escalas territoriais e dois horizontes temporais. Para a escala nacional e estadual, as projeções vão até 2010 e para a escala do município até 2030. A análise da produção habitacional considerou a demanda demográfica projetada. Pela publicação, até 2040 haverá menor pressão por domicílios; menos pessoas sob o mesmo teto; mais cidadãos vivendo solitariamente, e aumento da procura por aluguéis em relação à compra da casa própria. Para equacionar a demanda de habitações, o Brasil precisará construir cerca de 30 milhões de moradias. “Uma exigência anual de quase um milhão de domicílios”, cita o ministro das Cidades, Alexandre Baldy. Feita a projeção da demanda demográfica por moradias, percebeu-se uma diminuição no tamanho médio do domicílio de 3,4 pessoas em 2010 para 2,6 pessoas em 2040, resultado de casamentos tardios, diminuição do número de filhos por mulher, aumento do número de separações e divórcios, viuvez (na maior parte das vezes, feminina) entre os mais idosos, autonomia financeira e mobilidade dos jovens em busca de lugares com melhores oportunidades no mercado de trabalho. Saiba mais clicando aqui. Fonte: CBIC

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