Na semana passada, o Santander fechou acordo com o Novo Banco de Desenvolvimento, do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O NBD tem capital de US$ 100 bilhões para esse tipo de investimento e já tem US$ 300 milhões aplicados no Brasil. A China tem entrado com força em projetos de infraestrutura no Brasil, usando recursos próprios de financiamento.
A convergência dos juros até então subsidiados do BNDES - e imbatíveis para a concorrência - para taxas de mercado é um dos fatores que está colocando os ban- cos no jogo. Ogawa, do Santander, observa que o custo de operação do BNDES é de IPCA mais 2,7% ao ano. O do mercado, IPCA mais 4,7% ao ano. Ainda é uma diferença substancial, mas que tende a diminuir com o início da utilização da nova Taxa de Longo Prazo (TLP) a partir deste ano. O período de transição será de cinco anos, e, ao término desse prazo, os juros do BNDES serão equivalentes à taxa básica de juros (Selic), hoje em 7% ao ano. Consultado, o Bradesco informou, em nota, ter "todos os instrumentos e linhas disponíveis no mercado para investimento em projetos de infraestrutura."
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) corroboram o avanço de novas fontes de financiamento. As emissões de debêntures (títulos de dívidade infraestrutura, que dão isenção de Imposto de Renda para as pessoas físicas, totalizaram R$ 8,8 bilhões no ano passado, praticamente o dobro de 2016.
Procurado, o BNDES informou que vem criando mecanismos para incentivar a participação do setor privado no financiamento à infraestrutura, como o compartilhamento de garantias da obra com os bancos, evitando que os tomadores de crédito tenham de apresentar contrapartidas adicionais.
Segundo o BNDES, os desembolsos caíram porque houve menos leilões de concessão ou privatização. "Além disso, com muitas empresas que investiam em infraestrutura investigadas na Lava-Jato, a demanda por empréstimos caiu", explica a diretora de Infraestrutura do BNDES, Marilene Ramos.
O BNDES projeta, entre desembolsos e contratação para o biênio 2018/2019, destinar R$ 54 bilhões à infraestrutura.
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