INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO COMEMORA DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Apesar da redução do número de ocorrências, combate ao acidente de trabalho é tema estratégico do setor, que luta por “acidente zero”   Ao celebrar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho na última sexta-feira (27), o setor da construção reforça a importância de ações como a da Campanha Nacional da Indústria da Construção – CANPAT Construção para a redução do número de acidentes no setor e salienta que prevenir não deve ser visto como custo e sim investimento. “É muito mais caro remediar os danos econômicos e sociais gerados por acidentes de trabalho, do que prevenir”, diz o presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Fernando Guedes Ferreira Filho. “Caro para o empregador que, após um acidente, perde produtividade, paga tratamentos e indenizações, vê sua equipe entristecida e desmotivada, e caro para o empregado, que pode ver restrita a sua capacidade de trabalho e sua convivência com amigos e familiares, ter sua saúde debilitada e perder qualidade de vida”, completa. Há anos a indústria da construção vem trabalhando para criar a cultura de prevenção. “O setor busca levar para as empresas e os trabalhadores a consciência da prevenção. Não adianta atuar na consequência. É a prevenção que vai diminuir o número de acidentes”, destaca o diretor de Políticas e Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Izidio Santos.   “Investir em segurança dá lucro às empresas”, enfatiza o presidente do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) e vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Haruo Ishikawa, lembrando que “as empresas brasileiras também estão investindo muito na qualificação, capacitação e treinamento na área de Segurança e Saúde no Trabalho”.   Queda no número de acidentes   Segundo dados do Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social, a construção civil registrou uma queda significativa de 20% no número de acidentes em 2016 (34.809), se comparado a 2015 (43.334). No ranking das atividades econômicas, o segmento construção de edifícios ocupa o 4º lugar no registro de acidentes e o de construção de rodovias e ferrovias o 17º lugar. Os maiores incidentes no setor estão relacionados a choque elétrico, queda e soterramento.   Para a CPRT/CBIC, o combate a essas ocorrências merece uma atuação conjunta: o empregador deve aplicar corretamente os procedimentos e as normas de segurança previstos na legislação e o empregado deve usar corretamente seus equipamentos. Até porque, mesmo sem levar em consideração a redução do número de empregados em consequência da crise econômica nacional, “o número de acidentes ainda é inaceitável”, destaca Fernando Guedes. “A meta do setor da construção é acidente zero”, defende.   Iniciativas do setor   O combate ao acidente de trabalho é tema estratégico na agenda da indústria da construção. Várias são as iniciativas do setor da construção em busca dessa redução. Uma das principais ações da CBIC para combater a informalidade e fomentar a segurança, saúde e o bem estar do trabalhador da construção, realizada em conjunto com os principais atores de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) – Sesi, Serviços Sociais da Indústria da Construção (Seconcis) e Ministério do Trabalho (MTb) –, é a CANPAT Construção, que visa induzir ainda mais a redução da incidência desses acidentes e tornar o ambiente mais produtivo e seguro.   A campanha é realizada por meio de eventos regionais de mobilização. Seu objetivo é conscientizar empresários e trabalhadores e estimular o diálogo com integrantes da Fiscalização do Trabalho, disseminando informações e um conjunto de ações www.cbic.org.br para que se combata o acidente. “A melhor forma de promover saúde e segurança no trabalho é informar e conscientizar empregados e empregadores sobre a importância de seguir as regras estabelecidas, assim como disseminar boas práticas que possam ser replicadas”, reforça Fernando Guedes, destacando que esse é o propósito da CANPAT Construção ao difundir as melhores práticas utilizadas no setor, os programas que deram certo, os produtos desenvolvidos pela CBIC e pelo Sesi Nacional, que ajudam a combater a incidência de acidentes e doenças ocupacionais, além de ter o Ministério do Trabalho orientando os empregadores sobre as consequências e penalidades das ocorrências.   Fonte: CBIC

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