Empreendimento, que tem lançamento comercial previsto para o final do ano, será implantado em Aparecida de Goiânia
Segundo dados de 2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Goiás tem 1.385 aeronaves, a nona maior frota do País. Nos últimos seis anos, o mercado goiano da aviação civil cresceu 42%. Em 2010, o número de aviões era 975. Nesse cenário, Goiânia se destaca como uma das principais referências nacionais em manutenção e serviços de aviação. De acordo com a Anac, existem hoje no Estado 40 empresas de manutenção com certificação válida. Destas, 33 estão situadas em Goiânia. De olho neste forte mercado local para aviação, as empresas Tropical Urbanismo e Incorporação, Innovar Urbanismo/Aeroar e CMC/BCI preparam o lançamento do Antares Aeródromo Executivo. O empreendimento será implantado na região leste de Aparecida de Goiânia, situada a 20 quilômetros da capital. O município, que tem posição geográfica estratégica, no coração do Brasil, é apontado como importante polo de desenvolvimento do Estado. Serão investidos no Antares Aeródromo Executivo, que será apresentado comercialmente no último trimestre deste ano, cerca de R$ 100 milhões. As obras do aeródromo terão início em 2017, gerando 2. 500 empregos diretos. Já as operações devem começar em 2020. Serão ofertados 498 lotes com área média de 1 mil m2 cada, voltados para a construção dos hangares particulares. O novo aeroporto ocupará 409 hectares. Na área, estão previstos hotel, pista para decolagem e pouso com 2 mil metros, estação de embarque e desembarque, espaço para helicóptero, pista de acesso aos hangares e estacionamento para visitantes. O modelo de Aparecida, que segue o conceito de Aerotrópolis, é comum nos Estados Unidos, mas ainda pouco visto no Brasil. O arquiteto e urbanista Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, o Xibiu, responsável pelo projeto do Antares, conta que está trabalhando agora no zoneamento de segurança de voo. “Vai ter lugar ao redor do aeródromo que a altura de edifícios não poderá ultrapassar 15 metros. O primeiro raio de segurança é de 4 km. E, depois desse, tem outro de 1,5 Km”, revela. Em termos de mobilidade urbana, a expectativa é de que o aeródromo conte com três vias de acesso. Atualmente, é possível chegar ao local por meio da Avenida Santana. Mas está previsto um viaduto no desvio da BR-153, o qual dará acesso direto à área. Além disso, está em execução o Eixo Viário Norte Sul 1, que fará a ligação da região Leste ao centro do município. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, acredita que o aeroporto é necessário para alavancar o desenvolvimento econômico e social da cidade, do Estado e do País. “Por isso, apoiamos a ideia desde o início. Buscamos a autorização junto a Anac e conseguimos porque o projeto é viável e importante para a região. Com o aeroporto executivo, Aparecida, que é uma das dez melhores cidades para os negócios, conforme pesquisa publicada na Revista Exame, vai voar ainda mais longe e abrir novos caminhos para o desenvolvimento ", aposta. Na visão do arquiteto e urbanista Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, o aeródromo colocará Goiânia e Aparecida em outro plano do ponto de vista de desenvolvimento econômico, colocando-as no mesmo nível das grandes metrópoles. “Não se trata apenas de um local para descer avião; é um equipamento estruturante que fomenta outros segmentos de mercado”, diz. Quem também está confiante no progresso da região é o empresário Paulo Roberto da Costa, diretor da Tropical Urbanismo e Incorporação. “Com localização geográfica privilegiada, Aparecida tem tudo para se tornar um polo para empresas de manutenção e, quem sabe, de fabricação de aeronaves. Provavelmente, isso fomentará também a geração de mão-de-obra altamente qualificada. Neste sentido, a boa notícia é que a Universidade Federal de Goiás está construindo um campus ao lado do aeródromo, o qual oferecerá curso de Engenharia de Transportes. Quando entrar em operação, o Antares deve empregar 3.500 profissionais”, adianta. O decreto municipal que transforma em Área de Utilidade Pública todo o terreno destinado à implantação do sítio aeroportuário, ou seja, pista, hangares e parte logística que garantirão o pleno funcionamento do aeródromo, foi assinado em fevereiro de 2014, pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela.. Mas, antes disso, em março de 2013, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia autorizado a construção do empreendimento. O documento da Anac determina que, ao final da construção, o município deverá encaminhar um termo de Notificação do Término da Obra e realizar o pedido de inscrição no cadastro de aeródromos para a abertura ao tráfego aéreo do novo aeroporto. Todo o processo de implantação do Antares será inspecionado pela Anac e outros órgãos competentes. “A Anac tem uma política de restringir o acesso das aeronaves executivas aos aeroportos tradicionais para evitar aumento no trânsito. Nessa direção, a Agência Nacional abriu a oportunidade para aeródromos particulares no País que deverão contar com todos os equipamentos presentes nos grandes aeroportos. Assim, nos próximos anos, tudo indica que os proprietários de aviões e as empresas de manutenção com hangar no Santa Genoveva acabarão migrando para o Antares, principalmente em função do custo”, observa Xibiu.
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