Uma incorporadora de Goiânia desenvolveu um guarda-corpo que elimina o risco de queda em obras de prédios. O sistema de segurança é uma espécie de grade de proteção que é instalada na parte externa do edifício, afixada nas vigas, e só é retirada quando a parede é construída.
Em entrevista ao G1, o supervisor em segurança do trabalho da Queiroz Silveira, Daniel Augusto de Sousa, afirmou que o dispositivo foi desenvolvido depois de observar falhas na eficácia das formas de segurança que já eram utilizadas.
“Nós ficamos, por algum tempo, observando o trabalho dos operários da obra. Neste tempo, percebemos que, em muitos momentos, eles tinham que destravar os cintos para fazer determinadas funções e acabavam se esquecendo de afixá-lo novamente ao cabo de aço quando retomavam para a situação de risco. Somos humanos e é normal se esquecer, daí vem a nossa função, de desenvolver algo que fosse além, levando em conta a falha para protegê-los”, disse.
O guarda-corpo coletivo é instalado na parte externa da obra, entre todas as colunas. Ele é composto por hastes metálicas de 3 metros de altura e telas metálicas de 1,20 metros de altura por dois de largura, a variar de acordo com o tamanho da área a ser protegida. A estrutura é colocada em todas as partes desprotegidas, como fachada, entorno, lajes técnicas e poços de elevadores.
“Com este material fica impossível de alguém sofrer um acidente por queda na obra, porque o material é altamente resistente, afixado em estruturas firmes, da própria obra e cercando todas as áreas. E o interessante é que esta proteção acompanha o desenvolvimento da obra, ou seja, ganhamos tempo, porque é algo que já está pronto e é instalado à medida em que o prédio vai subindo”, explicou.
Durabilidade
O supervisor de segurança do trabalho da construtora explicou que, normalmente, os guarda-corpos de obras são feitos de madeira. No entanto, o sistema de segurança desenvolvido pela incorporadora é composto de aço carbono e é resistente ao sol e a chuva. “O que ocorria antes é que tínhamos a estrutura de madeira. Só que, além de demandar um tempo muito maior para ser instalado, esta instalação, por conta da instabilidade do material, que dilata, que desgasta facilmente, havia uma margem que acabava por ameaçar a segurança do trabalhador. Agora não. Temos um material resistente, que inclusive é reaproveitado em várias obras”, afirmou. Fonte: G1 GoiásPublicações relacionadas
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