Em minutos, é possível cruzar a cidade ou ir a municípios vizinhos a partir da capital para quem utiliza helicóptero como meio de transporte. Não é preciso perder horas no trânsito. Um luxo que tem se tornado cada vez mais comum e elevou a demanda por mais helipontos no Estado, especialmente em Goiânia. Ao perceber a demanda, novos empreendimentos imobiliários comerciais passam a oferecer a infraestrutura.
Os locais privados para pousos e decolagens mais do que dobraram de 2014 para este ano em Goiás. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), passaram de 12 para 31 pontos. Há helipontos recém-inscritos na Anac que estão em polo empresarial, em fazendas, como na Fazenda Balada II – pertencente a N&R Empreendimentos e Participações, do cantor Gusttavo Lima – e até no arranha-céu do Órion Business & Health Complex.
O que mostra bem o perfil dos usuários, composto em maioria por empresários e artistas. Empreendimentos que passam a considerar a instalação de helipontos ou mesmo heliportos são de luxo. “Acredito que é uma tendência, se vê mais helicópteros pela cidade. E o mercado imobiliário sempre estuda a mobilidade urbana”, avalia o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Marcelo Moreira.
De fato, a frota de helicópteros registrou crescimento. Nos últimos quatro anos, ampliou em 16,4%. O piloto comercial de helicóptero Paulo Rodrigues Milani considera que o número de pontos de parada diante da quantidade de aeronaves de asas rotativas ainda é deficitário. Há poucos centralizados para facilitar a logística dos passageiros, o que contraria, como ressalta, a procura por facilidade e rapidez de quem escolhe utilizar um helicóptero.
Com novos prédios com helipontos, ele considera que a demanda começa a ser atendida. Mas muitos clientes ainda têm de pousar em pontos distantes do local de destino e enfrentar trechos de trânsito intenso para chegar aos compromissos. “O problema de não ter muitos (helipontos) homologados hoje é que abre chance para que o piloto tenha de pousar em locais não homologados, o que depende da autorização do controle de tráfego aéreo”, relata Paulo.
Nos locais privados, porém, nem todo helicóptero pode pousar e o movimento termina por não ser intenso. No caso do Órion, é exclusivo para usuários do complexo. O espaço foi inaugurado em 2018 e o síndico Leopoldo Gouthier Thiago Oliveira agora percebe um aquecimento. Se houve mês sem nenhum pouso, agora a média é de pelo menos dois, afirma.
Isso pode aumentar, segundo ele, porque além do uso para chegar ao restaurante ou ao hotel também haverá a opção do uso para o hospital do prédio. Já em locais mais antigos, como é o caso do condomínio fechado Aldeia do Vale, cerca de 15 condôminos utilizam helicóptero diariamente.
Conforme o diretor de empreendimento da Tropical Urbanismo, Paulo Roberto da Costa, o heliponto é pioneiro e está em uso há 20 anos. Por lá, há também estacionamento para as aeronaves. “Tivemos uma visão de futuro e hoje percebemos que há uso crescente e há ainda tendência de ter mais pontos na cidade.”
Setor imobiliário considera futuro
Com construções que incluem helipontos, o setor imobiliário mira o futuro. Uma das demandas é a das aeronaves não tripuladas. “Acredito que pode ocorrer uma adaptação para entregas por drone”, diz o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Marcelo Moreira. Outra necessidade é a
de ter mais pontos de parada para abastecimento e apoio, como são os heliportos.
Na saída para Bela Vista, o condomínio Plateau d’Or vai ofertar essa estrutura. “Fizemos pesquisa e detectamos que para o público, que é de classe alta, quase 70% consideram importante ter um heliporto na região”, diz o gerente de desenvolvimento
imobiliário do Grupo Toctal, Rafael Roriz, sobre oferta que facilitará a logística. Para ter ideia do movimento atual, com relação à participação no total da aviação geral no Aeroporto de Goiânia, o movimento de asa rotativa que era de 7,4%, em 2016, passou para 9,4% em 2018.
Para o gerente comercial da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Ademar Moura, prédios com helipontos atendem a uso esporádico e de rotina. Mas, por enquanto, arma que diferencial é considerado apenas para empreendimentos comerciais
Fonte: Jornal O Popular
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