Apesar disso, Fundo avalia que confiança 'atingiu fundo do poço' e melhorará para fechar 2017 com ligeira alta.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu para pior suas previsões para o emprego no Brasil neste ano e no próximo, apesar de acreditar que a economia brasileira passará por uma melhora nos próximos meses. Em relatório sobre o cenário da economia global divulgado esta semana, o órgão diz que o Brasil deve fechar 2016 com 11,2% de desempregados - um ponto percentual acima do que o FMI havia previsto em abril. Hoje, o desemprego está em 11,8%, segundo índice divulgado no fim de setembro pelo IBGE. Para 2017, o Fundo acredita que o desemprego no País será de 11,5% - previsão 1,3 ponto acima da previsão anterior. Ainda no relatório, o FMI deixou inalteradas as suas previsões de crescimento para o País. Neste ano, a previsão é de retração de 3,3% (em 2015, a queda foi de 3,8%). Porém, o documento diz que a economia brasileira passou a contrair num ritmo mais moderado e estima que o PIB crescerá 0,5% em 2017. O órgão diz que o Brasil "continua a enfrentar condições macroeconômicas desafiadoras", mas que o cenário futuro está um pouco mais favorável que o projetado no início do ano. Segundo o fundo, a inflação segue acima dos padrões de tolerância do Banco Central e a "credibilidade política foi fortemente prejudicada pelos eventos que levaram à mudança de regime" no Palácio do Planalto. Apesar disso, de acordo com o FMI, a confiança na economia brasileira parece já ter atingido "o fundo do poço", o que abriria o caminho para o início da recuperação. O órgão voltou a defender que o Brasil adote a proposta do governo Michel Temer de limitar o aumento de gastos do Orçamento à variação da inflação, o que "enviaria um forte sinal do compromisso político" com o controle da dívida pública. (Fonte: Economia( iG))