Estiveram no foco dos discursos de abertura do 88o ENIC, ora em realização em Foz do Iguaçu a falta de capacidade de investimento do governo, o descontrole das contas públicas, as reformas trabalhista e previdência e a necessidade de resgatar a confiança do brasileiro para que a economia volte a crescer. “Na área trabalhista, os acordos negociados devem ter força de lei. A vontade soberana das partes deve prevalecer”, destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins. O encontro acontece num momento de completa mudança no País, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff. De acordo com Martins, a CBIC e suas associadas "apoiarão todo esforço empreendido para enfrentar o que for preciso, por mais desafiador que seja para o conjunto da sociedade". O recado já foi diretamente transmitido ao presidente Michel Temer, que está assumindo esta semana o comando do País “A força do nosso setor está e sempre estará à disposição do Brasil”, disse Martins. O afastamento da presidente da República também foi citado por autoridades presentes à solenidade de abertura do Enic, como o governador do Paraná, Beto Richa. “Dia D de uma decisão que prenuncia mudanças na vida de todos os brasileiros. É prematuro fazer quaisquer diagnósticos sobre o futuro mais próximo, mas todos concordamos que a mudança era mais do que necessária e se tornou imprescindível para a retomada do crescimento econômico e da estabilidade política e institucional”, discursou o governador. O presidente da CBIC explicou ainda que os associados da entidade apoiam propostas legislativas que diminuam o engessamento do orçamento e bloqueiem novas despesas ou o acréscimo às existentes, quando for registrado deficit. “O investimento tem que voltar a ser prioridade. O momento exige reavaliar despesas obrigatórias que não mais atendem às demandas estratégicas do país e enfrentar o aparelhamento instalado no Estado brasileiro nos últimos anos”, ressaltou Martins. Para a retomada dos investimentos, a CBIC defende as parcerias entre os setores público e privado (PPPs). Através deste modelo, a entidade acredita que “o Brasil pode readquirir capacidade de investimento; impedir o inchaço da máquina pública e, principalmente, entregar serviços de melhor qualidade e fiscalizados pela sociedade”. O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que representou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, ressaltou que o “setor da construção civil é um dos mais impactados pela crise e os números por si só falam”. O presidente da Fiep também defendeu mudanças, afirmando que “não existem atalhos ou soluções mágicas para o país sair da crise”. Na mesma linha, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná (Sinduscon-Paraná Oeste), Edson de Vasconcelos, destacou que o setor da construção deve se aliar à sustentabilidade e à ética. “A palavra meritocracia não pode ser vilã em um país que quer ser destaque no cenário internacional. Nessa perspectiva, manifestamos nosso apoio às mudanças necessárias e de não compactuar com o mal feito no trato da coisa público. Temos que voltar a apostar em quem produz e enaltecer quem trabalha”, completou.
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