EMPREGO MUDA O PERFIL DA SOCIEDADE BRASILEIRA

A recessão em que o País está mergulhado tem levado milhões de brasileiros a perder as conquistas acumuladas nos anos de bonança econômica. Vera Lúcia Pereira, 35 anos, trabalhou oito anos como empregada doméstica até conseguir, em 2012, uma vaga como atendente de telemarketing. Como milhares de trabalhadores, ela ascendeu socialmente, beneficiada pelo aumento do consumo e da oferta de empregos. Com a crise, tudo mudou. A empresa na qual trabalhava cortou funcionários e ela foi dispensada. Para piorar, o marido, Cleidisson Silva, 27, que era vendedor, também foi demitido. A renda familiar, que chegava a R$ 2 mil, minguou para menos da metade de um salário-mínimo. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) mostra que, em dezembro de 2012, a quantidade de domésticos começou a cair. Naquele mês, 6,1 milhões de brasileiros declararam que tinham uma ocupação em casas de família. Em março de 2013, o número encolheu para 6 milhões, e, em setembro de 2014, para 5,9 milhões. A queda tinha uma explicação. Diante da grande oferta de vagas no comércio, em empresas de serviços ou na construção civil, muitos trabalhadores puderam optar por empregos de maior qualificação. É o oposto do que acontece agora. Com a deterioração do mercado de trabalho, muitas pessoas estão fazendo o caminho de volta, e o número de empregados domésticos voltou a subir. Em 2015, ano em que quase 1, milhão pessoas ficaram desempregadas, a quantidade de domésticos chegou a 6 milhões, em junho, e a 6,2 milhões, em outubro. (Fonte: Correio Braziliense)

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