Em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceira do Correio Braziliense com a TV Brasília, o novo presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal, Eduardo Aroeira, ressaltou a necessidade de uma fiscalização severa do solo, tendo em vista o grande número de ocupações irregulares. "Estamos sob pena de não poder mais regularizar, porque senão vira um estímulo a invasão. A gente precisa transformar Brasília novamente em uma cidade planejada e legal", disse.
Ele listou os transtornos causados pela falta de planejamento urbano. "Ocupações irregulares pioram a qualidade de vida de toda a população, edificações causam risco de vida para todos esses moradores e criam problemas ambientais que são insanáveis", considerou.
Segundo Aroeira, as condições atuais do mercado imobiliário apontam como um bom momento para quem tem condições e deseja realizar o sonho da casa própria. "Há um descompasso entre oferta e procura, a gente acredita que, assim que o consumidor tiver confiança e procurar aumentar a demanda, pode haver um aumento de preço. Por isso agora é um bom momento para comprar.”, disse.
A Caixa Econômica Federal anunciou no início de junho uma redução nas taxas de financiamento habitacional favorecendo os compradores e trazendo uma expectativa de melhoria para o setor. "A gente vinha de uma lógica de aumento das taxas de juros por vários anos e considerando que a Caixa é responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais, fará naturalmente com que as outras instituições financeiras também reduzam", disse.
“Aqui no Distrito Federal teremos um impacto forte na região de Águas Claras, que utiliza desse financiamento do SFH. Não foi muito falado na imprensa, mas o SFI, que é um funding de financiamento de apartamentos e casas mais valorizadas, foi igualado à taxa de juros do SFH. Então, a gente acredita que principalmente o setor Noroeste deverá receber um impacto muito positivo.”, acrescentou.
Há uma grande expectativa de que a retomada do setor contribua para a melhora da economia e do mercado de trabalho. "A construção civil é realmente a forma mais rápida de se gerar emprego. Comparando a atual situação do nosso mercado imobiliário, historicamente a gente tinha a oferta de 9 mil imóveis novos por ano e, hoje, a gente tem 3 mil. Com isso, está posta a situação para novas obras para que a gente atinja o ponto de equilíbrio entre demanda e oferta", segundo Aroeira esses seriam indicadores para o aumento da atividade econômica junto ao avanço das reformas propostas pelo governo.
Fonte: Correio Braziliense
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