O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE na sexta-feira (5), apresentou variação global de 0,45% em setembro de 2018, sendo os materiais de 0,68% e a mão de obra 0,20%. Em 2018, os materiais já acumulam aumento de 4,78% até setembro, enquanto a mão de obra, no mesmo período, variou 2,20%. Desta maneira, no ano, a variação global foi de 3,78%.
Se o ano se encerrasse em setembro de 2018, considerando os resultados acumulados nos 12 meses anteriores, teríamos um resultado de 4,33%, com os materiais variando 5,78% e a mão de obra 2,83%.
Esses resultados evidenciam que o aumento dos custos medidos pelo Sinapi está sendo puxado principalmente pelos materiais, que registraram variação acumulada em 12 meses de mais que o dobro da variação da mão de obra no mesmo período. Outra observação é o fato de que deste descolamento entre os componentes, com a aceleração dos materiais em relação a mão de obra, se concentra basicamente em 2018.
Entre as regiões, a Norte registrou a maior alta no mês, 0,79%, puxada pelo estado do Amazonas, que foi a maior variação nacional, com 2,62%, sob impacto de reajuste previsto em convenção coletiva, pois neste caso, a variação dos matérias foi de 0,75%, enquanto a mão de obra foi de 4,94%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, fechou setembro em R$ 1.103,98, sendo R$ 570,79 relativos aos materiais e R$ 533,19 à mão de obra, enquanto os custos regionais foram: R$ 1.091,98 (Norte); R$ 1.027,00 (Nordeste); R$ 1.156,05 (Sudeste); R$ 1.144,07(Sul) e R$ 1.108,21 (Centro-Oeste).
Portanto, os custos da construção medidos pelo Sinapi/IBGE permanecem com elevações mensais sucessivas, aceleradas, neste ano, pelas altas de preços de insumos e materiais que tendem a permanecer pressionando os custos industriais, onerando projetos em andamento, que impossibilitados de reajustes em prazo inferior a um ano, acumulam perdas neste período, fragilizando as empresas executoras e seus fornecedores.
Fonte: CBIC
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