No dia 4 de outubro, quando se comemora o Dia Mundial do Animais, um assunto que merece atenção são os processos de urbanização descontrolados que têm afetado o habitat de animais silvestres. Hoje em dia, é frequente avistar-se capivaras, macacos, gambás, cobras, onças e até jacarés vagando por ruas e casas de grandes centros urbanos, justamente em função da redução das áreas verdes onde moram tais espécies. Mas quando há um planejamento criterioso, com o devido manejo das matas, modernos projetos urbanísticos podem ser implantados de forma a promover a convivência harmônica entre humanos e animais.
Em Goiânia, o condomínio horizontal Aldeia do Vale, que possui 1,5 milhão de m² de área verde, tem conseguido promover essa pacífica e saudável coabitação entre mais de 100 espécies da fauna do cerrado e os moradores. Implantado em 1998 e com uma nova etapa lançada recentemente, o Aldeia do Vale Lado Alto, o residencial foi planejado já com o intuito de manter os habitats dos animais silvestres que já viviam no local, que antes era uma fazenda. E até hoje, segundo o diretor de Meio Ambiente do local, Ovídio Palmeira Filho, a preservação desses espaços destinados à fauna são preservados.
“O loteamento foi planejado há 20 anos e já naquela época houve essa preocupação de ser um bairro ecológico, mantendo os espaços para a convivência dos animais silvestres. O projeto urbanístico buscou preservar também, observando a legislação, os fundos de vale e nascentes e são essas áreas que permitem a sobrevivência das centenas de espécies que coabitam o condomínio junto com os moradores”, comenta Ovídio.
Outro ponto observado pelo diretor de meio ambiente é que o projeto urbanístico, que mantém uma distância de 15 metros de frente e 15 metros de fundo das ruas, sem adensamento, que proporciona vazios onde os animais podem circular livremente entre as residências. “Nos preocupamos também em preservar as matas, replantando árvores e plantas que servem de alimentos dos bichos que aqui vivem. Desta forma deixamos os espaços mais verdes, melhorando a qualidade do ar e também promovemos alimento para as espécies, principalmente os pássaros”, pontua.
Segundo Ovídio Palmeira Filho, a convivência entre moradores e os animais silvestres que existem nas áreas verdes do condomínio é e sempre foi pacífica, porque principalmente, as pessoas respeitam os limites das espécies e seu comportamento. “Nunca tivemos nenhum incidente com nenhum animal silvestre, pois nossa recomendação aos moradores é de sempre manterem uma distância de segurança, mas a maioria das espécies que temos aqui é pacífica. As crianças adoram passear pelo condomínio e ver os bichos andando soltos pelas ruas e já crescem com essa educação de cuidado e preservação do habitat natural deles e sabem também que não pode machucar ou matar”, afirma.
Entre os animais que circulam livremente pelo espaço entre as casas estão os veados campeiro e mateiro, raposas, tatus, guaxinim, capivara, lagarto Tiú, emas, macacos, tamanduá-mirim e várias espécies de aves, como araras e tucanos. Como as casas não têm muros, alguns dos bichos podem entrar nas casas, principalmente capivaras e macacos.
A fisioterapeuta Cláudia da Trindade mora numa área do condomínio bem próxima à mata e conta que os filhos convivem tranquilamente com os animais silvestres. “O Henrique e a Natália nasceram aqui e por isso eles têm uma boa convivência com todos os bichos da reserva como as emas, capivaras, lagartos. Todos eles fazem parte do nosso convívio diário”, disse a moradora, afirmando ainda que adora sentar na varanda e ver os tucanos beberem água na piscina. “Nosso objetivo ao vir morar aqui foi para que nossos filhos tivessem esse contato com a natureza”, revela.
Urbanização x natureza
Como informado pelo diretor de Meio Ambiente do Condomínio Aldeia do Vale, desde o início da criação do loteamento foi pensado na preservação das áreas verdes e fundos de vale para que os animais silvestres que habitavam no local, continuassem por ali. Ovídio explica que se projetar pensando nessa correlação, é possível haver uma expansão urbana e mesmo de fazendas de forma harmônica, sem comprometer por completo o habitat da fauna local.
“A cada núcleo urbano em planejamento ou iniciado deve-se ter a consciência da preservação e manutenção dos espaços para os animais terem onde viver, caçar e se reproduzir. Se não houver essa preocupação, será cada vez mais comum a ‘invasão’ das espécies aos centros urbanos, como podemos ver casos de jacarés e onças rondando as cidades, causando sustos na população. Por isso a importância de um bom planejamento na hora de se começar um empreendimento, mantendo assim uma convivência harmoniosa com os bichos, já que nós invadimos seus espaços”, sublinhou Ovídio.
Fonte: Assessoria
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