A mudança nas regras de financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal, que vai permitir a compra de imóveis mais caros, poderá reaquecer o setor imobiliário, que vem sentindo fortemente os impactos da crise financeira nos últimos anos. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, apesar de ser voltada para um mercado mais restrito, a medida é muito bem-vinda para o setor. "Quando se trabalha com financiamento, acaba-se tendo dinheiro mais barato e facilitando-se os negócios. E tem-se um conforto maior”, disse Martins. As mudanças nas regras de financiamento chegam em “excelente hora”, na avaliação do vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira. Isso porque, segundo ele, as expectativas e o otimismo das pessoas têm melhorado. “Vai auxiliar bastante na compra de imóveis para classes mais elevadas, que vinham sofrendo com a maior dificuldade de financiamento”, observou. Mesmo assim, os empresários continuam pessimistas. Os indicadores de expectativas para os próximos meses em relação ao nível de atividade, aos novos empreendimentos e serviços, à compra de matérias-primas e ao número de empregados ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Isso mostra que os empresários esperam novos resultados negativos nos próximos seis meses. As expectativas pessimistas desestimulam os investimentos. O índice de intenção de investimento ficou em 25,3 pontos em julho. Quanto mais baixo o índice, menor é a disposição dos empresários para investir. O principal problema enfrentado pelas empresas do setor no segundo trimestre do ano foi a falta de compradores. A demanda interna insuficiente, com 36,7% das assinalações, alcançou a primeira posição do ranking das dificuldades do setor. Em seguida, com 34,7% das respostas, apareceu a elevada carga tributária e, em terceiro, com 34,2% das menções, a alta taxa de juros. Parcela significativa dos empresários cita ainda a inadimplência dos clientes, a falta de capital de giro e o excesso de burocracia como entraves às atividades da construção.
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