A Coalizão Indústria, integrada por onze entidades do setor, se reuniu na segunda-feira (25) no Palácio do Planalto, com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe. Foi apresentada uma avaliação do andamento dos objetivos defendidos pelo grupo, elencados na Agenda Brasil, que visa a retomada do crescimento econômico nacional.
Para alavancar o desenvolvimento econômico de forma sustentada, a coalizão apontou como ponto de partida as reformas previdenciária e tributária, e expressou seu apoio ao governo. “Não é possível ter crescimento sem antes arrumar a casa. Por isso, a principal prioridade é fazer um ajuste fiscal”, enfatizou presidente executivo do Instituto Brasil Aço, Marco Pollo de Mello Lopes.
Durante o encontro, a coalizão expôs uma série de propostas para a geração de renda e empregos, por meio da construção civil e infraestrutura. “Hoje, existe uma demanda reprimida muito grande no setor imobiliário. As empresas precisam voltar a ter confiança para investir. O mercado é enorme e pode ajudar o Brasil a crescer muito”, ressaltou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, em coletiva após a reunião, no Ministério da Economia.
“É preciso limpar o terreno para que o empreendedor se sinta seguro e confortável para tocar os seus negócios”, endossou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, também ressaltou a importância das reformas. “Temos que resolver o problema de contas do Brasil e trazer de volta a confiança na economia”, acrescentou.
Governo anuncia pacote de desburocratização e competitividade
A desburocratização é outra das prioridades da Agenda Brasil. Nessa área, o governo se comprometeu a revogar uma série de regulamentações nas próximas semanas, com o objetivo de incentivar os negócios e reduzir custos. Em 15 dias, também será lançado um pacote de medidas para melhorar a competitividade do setor.
Outro ponto respaldado pela coalizão é a disponibilidade de crédito. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Carlos Megale, apontou o custo de capital de giro como um entrave para a indústria. “Embora tenhamos hoje uma Selic controlada no nível mais baixo da história, ainda há um custo excessivo de crédito que tira competitividade dos produtos nacionais”, comentou.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, chamou a atenção para a situação das exportações brasileiras, estagnadas desde 2014, devido ao custo Brasil elevado. “Acreditamos que a aprovação das reformas previdenciária, trabalhista e tributária possibilitará que o país retome o crescimento nesses embarques”, afirmou.
Em relação a uma maior abertura comercial do país, a coalização defende ser fundamental que assimetrias competitivas sejam corrigidas previamente. Neste sentido, o governo já sinalizou que a abertura será feita de forma gradual, segura e negociada.
Para continuar avançando nas metas da Agenda Brasil, ficaram acordadas reuniões trimestrais entre a coalizão e o ministro Paulo Guedes.
Setores da Coalizão Industrial representam 39% do PIB
A Coalizão Indústria reúne representantes de onze setores produtivos. Juntos, eles equivalem a 39% do Produto Interno Bruto da indústria (R$ 485 bilhões); 58% das exportações manufatureiras (R$ 151 bilhões); 30 milhões de empregos diretos e indiretos; e contribuem com R$ 250 bilhões em pagamento de impostos.
As entidades integrantes são:
Instituto Aço Brasil;
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea);
Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq);
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB);
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC);
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee);
Associação Brasileira de Indústria de Máquinas Equipamentos (Abimaq);
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast);
Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim);
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Fonte: Agência CBIC
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