O Brasil precisa rever o modelo de investimento em grandes obras para voltar a se desenvolver. É o que defendeu o presidente da Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, no seminário ‘Correio Debate | Desafios da Economia em 2019’, realizado na terça-feira (5), em Brasília. “É fundamental segurança jurídica, melhoria na concessão do crédito e garantia de que o que foi planejado aconteça. Com esses pontos, o investimento privado acontece”, afirmou o presidente, que foi um dos participantes do painel ‘Infraestrutura: O Motor da Economia’.
Segundo Martins, o Brasil tem aplicado menos que o necessário para manter a infraestrutura existente e o setor público não capacidade de investir em sua ampliação. “Tem que se criar condições para que o capital privado venha e ajude na geração de empregos e desenvolvimento, senão não vai haver investimento”, afirmou.
O presidente da CBIC lembrou que a entidade entregou ao governo federal um programa com 150 propostas para destravar o investimento. “Estamos buscando o diálogo, apresentando soluções. Não é ‘pires na mão’, não é bondade, não é nada disso. É, fundamentalmente, pedir previsibilidade para o setor precificar seu risco e poder investir. E não precisa de dinheiro do governo, precisa de vontade política”, destacou. “Exemplo dessa necessidade é que não temos planejamento de infraestrutura. Até hoje as decisões foram tomadas mais por aspecto político do que o caráter técnico do que melhor para a vida brasileira”, comentou.
Do ponto de vista da segurança jurídica e do financiamento, José Carlos Martins reforçou a necessidade de um marco regulatório que organize o acompanhamento por agências reguladoras e o judiciário, e de melhoria na qualidade da análise de projetos para acelerar a atuação do setor. “Não existirá investimento sem credibilidade. São irmãos siameses. Esse ponto deve ser trazido para o nosso dia a dia como um mantra, não se discute”, disse.
Outro ponto colocado pelo presidente da CBIC foi a necessidade de descentralização do processo de infraestrutura, para permitir a participação de mais empresas, especialmente de médio porte. “Falamos de fracionamento e de simplificação de processo, sem perda de escala e com ganho de produtividade” resumiu. “Além disso, precisamos levar à frente a concessão municipal, para que a iniciativa privada possa recuperar e cuidar de parques, por exemplo, gerando emprego e renda onde a prefeitura não consegue mais”, citou.
Além de Martins, o painel ‘Infraestrutura: O Motor da Economia’ contou com a participação do presidente da Macroplan, Claudio Porto, e do diretor executivo da Associação Nacional de Transportes Ferrovia?rios (ANTF), Fernando Paes, que falaram, respectivamente, sobre expectativas e oportunidades para a infraestrutura e sobre o transporte ferroviário de cargas no Brasil.
Fonte: CBIC
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