O Banco Central calcula que a economia brasileira irá encolher 3,6% e a inflação chegará a 10,8% neste ano, de acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quarta-feira. A projeção é pior do que a divulgada no relatório anterior, em setembro, quando o BC falava em encolhimento de 2,7% da economia e inflação de 9,5%. Segundo a estimativa do BC, o dólar deve fechar este ano em R$ 3,90 - mesma projeção feita em setembro. Para o ano que vem, a projeção do BC é de que a inflação chegue a 6,2%, também pior do que a expectativa anterior, de 5,3%, mas ainda abaixo do teto da meta do governo. O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (na prática, variando entre 2,5% e 6,5%). Quando a alta de preços supera o limite máximo, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando os motivos. Em seu último relatório, o BC indica que a inflação no centro da meta do governo (4,5%) está mais distante de virar realidade. Até setembro, o BC dava a entender que conseguiria baixar a inflação para 4,5% até o final de 2016. No fim de outubro, porém, já tinha jogado a toalha, estendendo esse horizonte para 2017 diante do cenário de indefinições fiscais e turbulências políticas no Brasil. A projeção agora é de alta de preços a 4,8% ao final de 2017. A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de menor renda ultrapassou os 11% em 2015 e alcançou o maior patamar desde 2004, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. O aumento dos preços dos alimentos e, principalmente, de preços administrados, como energia elétrica, gás e gasolina, corroeram o poder de compra dos brasileiros que ganham até 2,5 salários mínimos. De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,97% em dezembro de 2015 e fechou aquele ano com alta de 11,52%, o maior patamar desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em 2004. Em 2014, o IPC-C1 subiu 6,29%. No ano, o grupo Habitação, que inclui energia elétrica e gás, teve a maior alta de preços (14,60%), seguido por Transportes (13,2%), despesa que inclui itens como passagens de ônibus, trens e metrô e gasolina. Alimentação veio em terceiro lugar, com elevação de 13% em 2015. Esses três grupos têm um grande peso no orçamento das famílias de menor renda e fizeram com que a inflação dessa parcela da população fosse maior que a inflação geral, medida pelo IPC-BR, que acumulou alta de 10,53% no ano. Embora tenha desacelerado em relação a novembro, quando subiu 1,06%, o IPC-C1 do último mês de 2015 também ficou acima da inflação geral, de 0,88%. De novembro para dezembro, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram variações menores: Alimentação (2,32% para 1,94%), Habitação (0,41% para 0,34%), Comunicação (0,65% para 0,06%) e Transportes (0,83% para 0,79%), que foram influenciados por, respectivamente, hortaliças e legumes (22,92% para 8,68%), tarifa de eletricidade residencial (0,41% para 0,09%), tarifa de telefone residencial (1,18% para 0,00%) e gasolina (2,95% para 1,29%). Em contrapartida, subiram mais Vestuário (0,37% para 1,04%), Saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,49%), Despesas diversas (0,10% para 0,17%) e Educação, leitura e recreação (0,43% para 0,90%), com impacto dos itens roupas (0,24% para 1,30%), medicamentos em geral (-0,02% para 0,18%), cartão de telefone (1,89% para 2,36%) e salas de espetáculo (0,42% para 2,14%), respectivamente. (Fonte: Portal UOL)
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