O mercado de locação de imóveis comerciais, que nos últimos anos assistiu ao fechamento de muitos negócios e ao crescimento do estoque disponível, começou a viver dias melhores. Com os empresários mais confiantes no desempenho da economia e mais dispostos a investir, a procura por pontos comerciais nas imobiliárias da capital cresceu nos últimos meses. Vários imóveis já foram ocupados e muitos outros estão sendo negociados.
Na Xangai Imóveis, as locações chegaram a cair 25% durante a crise. A coordenadora de Locação da Imobiliária, Fernanda Papini, lembra que, com a redução da procura, a oferta cresceu e os investidores até pararam de construir salas comerciais. Isso acabou afetando os preços do mercado. “Imóveis que eram alugados por R$ 12 mil, caíram para até R$ 7 mil ou R$ 8 mil nas renegociações para continuarem ocupados”, conta.
Mas, de outubro para cá, a procura por imóveis comerciais para alugar e as construções voltaram. “Antes, enquanto dois eram alugados, cinco eram desocupados. Hoje, a cada cinco desocupações, tenho oito ou dez locações”, destaca. Dos 430 imóveis que a empresa tem disponíveis hoje, cerca de 30% são comerciais e a procura já aumentou 20%.
De acordo com as empresas do mercado imobiliário, a procura parece ter aquecido mais depois das eleições. A gerente de Aluguel da Imobiliária URBS, Gyselle Rodrigues, informa que o mercado está procurando mais espaços para lojas, principalmente em regiões como o Setor Marista. “Acabamos de fechar uma locação de R$ 22 mil para uma franquia chinesa de roupas e decorações que vai se instalar na região”, destaca.
Segundo Gyselle, outras seis negociações já estão em andamento. Para ela, os empresários estão se mostrando mais confiantes para voltar a investir. “Durante a crise, alguns imóveis ficavam parados por mais de um ano. Agora, eles já estão sendo negociados”, comemora.
As negociações para locações comerciais também voltaram a acontecer na Provenda. A analista de Carteira de Locação, Michele Sampaio, conta que a procura por salas comerciais já está maior. Porém, depois da crise, os empreendedores estão buscando mais descontos e períodos de carência, já comum na locação comercial.
Para o gerente de Aluguel da Líder Imobiliária, Aldenor Coutinho Barros, “a procura já aumentou bem”, mas os preços ainda não reagiram porque as empresas estão negociando mais antes de fechar o contrato. Segundo ele, as perspectivas para locações comerciais em 2019 são muito boas porque os empreendedores estão mais confiantes no novo governo e na economia. “Nosso estoque de imóveis comerciais já foi reduzido e estamos com 9 negociações em andamento hoje”, ressalta.
O engenheiro civil Wissam Abdul Hak acaba de locar uma sala comercial na avenida T-8, no Setor Bueno, onde abrirá um empório árabe. Ele conta que sempre quis ter um negócio próprio no ramo, esperou o melhor momento e resolveu investir agora. “Não acredito que a crise tenha passado totalmente, mas acho que a economia está reagindo, principalmente no ramo alimentício”. Ele vai pagar R$ 2,8 mil mensais pelo ponto e acredita que, em outros tempos, pagaria mais caro, pois a negociação está mais flexível.
Fonte: Jornal O Popular
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