A perda ou a redução de renda causada pela pandemia do coronavírus fez com que muitas famílias não vissem outra saída a não ser renegociar uma das despesas que mais pesam no orçamento: o aluguel. Dados da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic) mostram que 34% dos imóveis residenciais e comerciais da carteira de locação das administradoras do estado de São Paulo foram renegociados no início da pandemia, em abril. “Com a reabertura das atividades econômicas e a recuperação de renda de muitos locatários, esse percentual caiu para 4% em agosto”, diz Julisa Siqueira Pessoa, diretora de locação da Aabic. Os descontos variam entre 10% e 50% no valor do aluguel.
Vice-presidente do Grupo Graiche e presidente da Aabic, José Roberto Graiche Junior destaca que as renegociações foram feitas, em média, por um período de dois a quatro meses. “Alguns acordos consideraram o pagamento parcelado; outros o desconto puro e simples, sem recuperação futura”, diz. Ele afirma que foram levadas em conta as comprovações de perda ou de redução de renda por parte dos inquilinos.
Para facilitar as negociações durante a pandemia, uma plataforma de venda e locação de imóveis criou um canal direto entre inquilinos e proprietários. Os descontos, neste caso, vão de 5% a 90% e têm uma duração média de três meses. “Essa é uma forma de chegar a uma solução mais rápida, equilibrada e justa para os dois lados. Se de um lado temos os inquilinos com a renda afetada, de outro temos muitos proprietários para os quais o valor do aluguel representa uma parcela significativa de sua renda”, diz Arthur Malcon, gerente-executivo de Estratégia.
Segundo ele, o ideal é que o inquilino seja transparente com o proprietário e relate em detalhes os motivos pelos quais precisa renegociar. “Isso demonstra a disposição de manter o contrato em dia”, afirma. Desde que a startup lançou o seu “Negociômetro”, no início da pandemia, mais de 121.000 pessoas foram beneficiadas direta ou indiretamente, considerando inquilinos e seus familiares. Em valores, isso significa R$ 25 milhões em renegociações ou parcelamentos. Para apoiar quem teve dificuldade para pagar o aluguel por causa da crise, a plataforma também passou a oferecer parcelamento no cartão de crédito.
Fonte: Exame
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