O governo conta com a indústria da construção civil para a retomada da economia do país. A sinalização foi feita sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o painel geral ‘A Indústria da Construção e sua contribuição ao novo momento econômico brasileiro’, que integrou a 91ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (91º ENIC).
Apresentado pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins, Guedes falou a empresários do setor sobre a necessidade de um diálogo com a construção civil, convidando seus representantes para que conversem com o governo sobre todos os pontos sensíveis do mercado. O ministro destacou a burocratização, mal historicamente crônico no país, e as principais propostas de reforma, das quais se destacam as da Previdência e Fiscal.
Um dos principais ‘termômetros da economia’ brasileira é, como o próprio ministro reconheceu, a construção civil. Para que esse crescimento se concretize, as reformas da Previdência e Fiscal propostas pelo governo precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Mas Guedes alerta que, sem que estejam definitivamente assentados estas reformas e um Pacto Federativo, que proporcione mais autonomia orçamentária a prefeitos e governadores, o país enfrentará desafios ainda maiores e difíceis de superar nos Brasil. O país, frisou ele, precisa de uma economia descentralizada com urgência.
Ao longo das últimas quatro décadas o Brasil voltou-se para uma economia centralizadora que levou o país ao estágio de incertezas em que hoje se encontra. Para o ministro da Economia, essa trajetória fez com que o Brasil se tornasse “um inferno para os empreendedores”. E completou: “Mas vamos desburocratizar e descentralizar a economia. Tem um novo dinheiro saindo do chão para construir um novo país a partir do Pacto Federativo. Só reforço que vocês terão o ministro da Economia como um aliado para isso. Essa é uma belíssima pauta para julho em diante, que recoloca a classe política no lugar certo”, disse ele a empresários do setor de construção civil durante painel no ENIC.
Segundo Guedes, somente a Reforma da Previdência e um enxugamento da máquina estatal poderão ajustar a economia do país. O ministro espera que o governo economize cerca de um trilhão de reais com a reforma, caso seja aprovada nos próximos meses. “Vamos sair desse sistema. Há mais clareza no horizonte”, disse. Mas uma outra reforma é fundamental para essa previsão de economia financeira do Planalto, ressaltou ele: a reforma fiscal. Com esta, o ministro acredita que haverá retomada de investimentos a curto prazo no país. “Se fizer algo menor que um trilhão de reais, não dá”, sentenciou o ministro, afirmando que a não aprovação da reforma resultará um impacto pesado para o país.
O setor não desanima e aguarda o sinal verde para a arrancada definitiva. Depende, contudo, dos indicadores de mercado e, fundamentalmente, da disposição do Planalto em fazer com que a economia volte a crescer. O governo só tem a ganhar ao comprometer-se com a pauta do setor. A cada R$ 100 que se investe na construção civil, R$ 25 retornam aos cofres públicos por via tributária. A via de mão dupla é boa para o mercado, para o poder público e, essencialmente, para o cidadão, que garante seu posto de trabalho, com as famílias recuperando a capacidade de consumo.
Guedes demonstrou otimismo com os rumos propostos pela Petrobras e o Ministério das Minas e Energia, dos quais se destacam os leilões na área de energia. Mas o que mais vem entusiasmando o governo, ressaltou o ministro, é uma ação para reduzir custos de taxas de energia, que Guedes define como “choque de energia barata”. Ele afirmou que o plano deverá ser implantado nos próximos meses.
“O botijão de gás chegará à casa do brasileiro pela metade do preço”, garantiu o ministro, afirmando que há entusiasmo no exterior com os leilões do setor de energia. “É investimento na veia”, sintetizou Guedes.
Promovido pela CBIC, o 91º ENIC é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e contou com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).
Fonte: Agência CBIC
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