As vendas de unidades residenciais novas na cidade de São Paulo totalizaram 44,7 mil em 2019, de acordo com a pesquisa do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apresentada em 13 de fevereiro pelo economista-chefe da entidade, Celso Petrucci. O aumento foi de 49,5% em relação às 29,9 mil unidades vendidas em 2018, e o número superou o recorde de vendas de 2007, quando foram comercializadas 36,6 mil unidades.
Em 2019 foram lançadas na cidade de São Paulo 55,5 mil unidades residenciais, volume 49,6% superior às 37,1 mil unidades lançadas em 2018, de acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). Para 2020, a expectativa anunciada por Petrucci é de que o mercado imobiliário repita o bom desempenho tanto em vendas como em lançamentos, com crescimento de 10% em termos de VGV (Valor Global de Vendas).
O VGL (Valor Global Lançado) e o VGV de, respectivamente, R$ 28 bilhões e R$ 22,3 bilhões, repetiram, em 2019, os desempenhos médios registrados na série histórica da pesquisa, iniciada em 2004.
O grande destaque no número de unidades vendidas foi no segmento de unidades econômicas. “Esse percentual de 66% de imóveis com menos de 45 m² está muito acima da média histórica, que é de 25%”, observou Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP. Ele advertiu, contudo, que essa predominância de produtos com as mesmas tipologias pode trazer riscos futuros, além de limitar a escolha do consumidor.
Tais unidades compactas estão concentradas nos Eixos de Estruturação. As restrições da Lei de Zoneamento impõem ao incorporador imobiliário a redução do tamanho das unidades lançadas nessas áreas da cidade, que correspondem a menos de 4% do município, e que ficam ainda mais reduzidas quando se consideram as limitações ambientais, de tombamentos e de áreas já edificadas.
Além disso, o uso de cota-parte do terreno nessas áreas é limitado. “O correto seria utilizar outros parâmetros, com aumento do Coeficiente de Aproveitamento e da própria cota-parte do terreno, que deveria ser ao menos 30, mas hoje está estabelecida em 20”, afirmou Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
Do total das unidades lançadas, 49% eram econômicas, maior índice desde 2016, quando esse percentual era de 21%.
Médio e Alto Padrão
O presidente do Secovi-SP ressaltou que a produção de imóveis para a classe média e alta ficou bem abaixo da média, em consequência das restrições da Lei de Zoneamento atual. “Em 15 anos, a média de imóveis lançados para esse público foi de 24 mil imóveis. E em 2019, foram lançadas pouco mais de 18 mil unidades para essa demanda, uma queda de 22%”, disse.
Oferta cresce
Em dezembro de 2019, a oferta disponível registrou 34 mil unidades residenciais na cidade, superando em 52,4% as 22,3 mil unidades existentes em dezembro de 2018.
Fonte: Sinduscon-SP
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