O preço médio anunciado dos imóveis avançou 0,64% em março na comparação com fevereiro, segundo o Índice FipeZap Ampliado, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). É a segunda vez consecutiva que o indicador, que contempla 16 cidades do País, sobe menos que a inflação, e a quarta vez seguida que apresenta desaceleração na variação anual - a alta foi de 12,9% em relação a março de 2013. O Rio lidera o aumento em 2014, com alta de 3,35% no primeiro trimestre. Já em São Paulo, a alta para o período foi de 2,08%, mais próximo à média do índice, de 1,99%. Em 12 das 16 cidades pesquisadas a variação de preço do metro quadrado ficou abaixo da inflação esperada para o mês. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, as instituições financeiras preveem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha encerrado o mês de março com alta de 0,85%. As cidades com alta acima do IPCA previsto foram Rio, Niterói, Fortaleza e Vila Velha - cidade com a maior variação mensal (1,75%). Já em Brasília e Porto Alegre houve queda real nos preços. "Há dois fatores a analisar: um é a própria inflação, que está vindo mais alta e vem até surpreendendo. Por outro lado, a variação de preço do metro quadrado também perdeu fôlego", afirma o coordenador do indicador, Eduardo Zylberstajn. Segundo ele, salvo algumas exceções, como o Rio de Janeiro, cidades que todo mês apresentavam variação próxima ou até superior a 1%, como Brasília e Salvador, vêm, desde o fim do mês passado, dando sinais de leve desaceleração - apesar de a variação mensal de março, de 0,64%, ter sido maior do que a de fevereiro, de 0,57%. "No índice passado, em fevereiro, nove cidades apresentaram alta de preços abaixo da inflação, o que já era bastante. Desta vez, foram 12 dentre as 16 que pesquisamos", diz. "É um movimento que está se espalhando cada vez mais, pois até 2011, 2012, a alta era quase que generalizada." Apesar da tendência de desaceleração vista na variação anual dos quatro últimos meses, o avanço dos preços acumulados em 12 meses ainda é expressivo em algumas capitais. Em Curitiba, a alta chega a 34,2%, seguida por Recife (17,0%) e Vitória (16,5%). Para Zylberstajn, isso ocorre porque algumas cidades ainda apresentam um desequilíbrio entre oferta e demanda. "Há cidades que notadamente têm um excesso de oferta, com muitos lançamentos." De acordo com o economista, o aumento mais lento dos preços pode, se mantiver o ritmo iniciado no final do ano, impactar o indicador anual. "A média de 12 meses ainda é bem acima da inflação. Mas, se a tendência de baixa se mantiver, logo teremos uma mudança." Para o Zylberstajn, no entanto, ainda é cedo para se falar em estabilização, pois, segundo ele, não se trata de um novo patamar de preços, mas de um ajuste natural no mercado imobiliário. "Não é um movimento brusco ou drástico de queda, longe disso. Sabemos que o mercado é cíclico", diz. "Houve uma mudança de patamar de preços quando tivemos a expansão do crédito, prazos maiores e juros menores, e agora já vivemos um novo momento, de correção natural", diz. No recorte detalhado por cidade, o metro quadrado mais caro do Rio está no Leblon (R$ 22.116), e o mais barato na Pavuna (R$ 2.204). Já em São Paulo, o maior preço está em Vila Nova Conceição (R$ 13.863), e o mais baixo em Cidade Tiradentes (R$ 2.702). Nas 16 cidades pesquisadas, a média do metro quadrado em março foi de R$ 7.414.
Publicações relacionadas
Com mais de 20 anos de experiência em direito imobiliário, Melazzo assume liderança do CONJUR com compromisso de fortalecer iniciativas da construção civil no campo jurídico
Lançamento da Sousa Andrade Urbanismo em parceria com a Sobrado Urbanismo, a Fazenda Lumiar é um destino de lifestyle campestre, com design contemporâneo e lazer completo
Evento realizado em 26 de junho reuniu associados para esclarecimentos sobre as novas diretrizes da Prefeitura de Goiânia referentes ao TDC e à OODC
Promovido pela Sousa Andrade Construtora no Setor Marista, Pet & Prosa promete diversão, dicas e sorteios para os bichinhos de estimação