Reunião conjunta virtual dos Comitês de Habitação do SindusCon-SP (CHP) e do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 9 de dezembro, definiu as metas de atuação do setor de construção de habitação popular das entidades para 2021. A reunião foi coordenada por Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP, e por Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, com a participação de representantes de mais de 30 empresas.
Os temas prioritários a serem tratados com prefeitos eleitos, Secretarias de Habitação do Estado e dos Municípios e com o Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) serão desburocratização e agilização dos licenciamentos e planejamento urbano, com aperfeiçoamentos em Planos Diretores e Leis de Zoneamento. Adicionalmente, também haverá reuniões com a Caixa e a Secretaria Nacional de Habitação, com vistas à implementação do Programa Casa Verde e Amarela.
Ronaldo Cury reforçou a necessidade de uma atuação estadual e regional com os prefeitos eleitos, com a organização de comitês de habitação nas Regionais. Ele considerou que problemas como o desabastecimento de insumos e a alta de preços de materiais de construção tendem a se normalizar, com aumento da produção dos fornecedores e a demanda se limitando às edificações residenciais.
João Claudio Robusti, ex-presidente do SindusCon-SP e representante da entidade junto à Fiesp, congratulou-se com a atuação política do setor neste ano, que conseguiu realizar suas atividades virtualmente. Ele manifestou a preocupação de que o segmento sofra em 2021 com fatores como desequilíbrio fiscal, contaminação de trabalhadores pela Covid-19, extinção da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), desabastecimento e alta de preços de materiais.
Rodrigo Luna opinou que a pior fase dos insumos já passou e que a cotação do dólar está caindo, tirando a pressão de alta das commodities. Entretanto, lembrou que a renda das famílias caiu e o desemprego aumentou, obrigando as empresas a uma ginástica para adequarem a produção habitacional à nova realidade. Ele ainda comentou que não fazem mais sentido exigências de municípios no interior em relação a metragem de unidades habitacionais, coeficiente de aproveitamento e vagas de garagem, encarecendo custos.
Manifestações e otimismo em relação ao desempenho do setor em 2021 foram feitas por Marcos Camargo, conselheiro do SindusCon-SP, e Floriano de Azevedo Marques, integrante do CHP e ex-secretário municipal de Habitação de São Paulo. Camargo mencionou dificuldades de orçamentação, uma vez que a inflação dos materiais de construção está acima daquela apontada pelos indicadores. Azevedo Marques relatou que o mercado está reagindo bem em cidades menores, com a renda de famílias se recuperando. Ele reforçou a importância de reuniões com os prefeitos eleitos e os novos secretários municipais de Habitação.
Balanço
No início do encontro, Cury apresentou um balanço positivo dos resultados das reuniões conjuntas realizadas em 2020. Entre os participantes, compareceram: o então secretário Municipal de Habitação de São Paulo, João Farias (fevereiro); o diretor de Habitação da Caixa, Matheus Sinibaldi (março); Sinibaldi novamente, o superintendente Executivo da Caixa, Alexandre Cordeiro, e o superintendente Nacional, Rodrigo Wermelinger (abril); o superintendente regional do Incra, Edson Alves Fernandes (maio); o coordenador de Clientes Corporativos da Enel, Silvio Duarte Junior, e o gerente de Crédito Imobiliário do Banco do Brasil, Guilherme Patrício (junho); Lacir Baldusco, presidente do Graprohab (agosto); Robert Costa, superintendente Nacional de Varejo da Caixa (setembro); Alfredo dos Santos, secretário Nacional de Habitação, e Henriqueta Alves e Abelardo Campoy, membros do Conselho Curador do FGTS (outubro); Celia Poeta, diretora da Cetesb, e Lacir Baldusco, do Graprohab (novembro), Flávio Amary, secretário de Estado da Habitação (outubro), e Flávio Prando, assessor da Sehab (novembro).
Fonte: Sinduscon-SP
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