REFORMA TRABALHISTA: NA AGENDA DO SETOR O COMBATE À INFORMALIDADE E À SUBEMPREITA

Reunião do Conselho de Administração da CBIC recebeu o assessor especial do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para discutir o Projeto de Lei 6787 Empresários e dirigentes da construção civil estão debruçados sobre a proposta de reforma trabalhista desencadeada pelo governo federal. Esse foi um dos principais assuntos da reunião mensal do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ocorrida na quarta-feira (8), em Brasília. Buscando uma posição consensual do setor, a Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC enviou aos associados da entidade o texto do projeto para análise. A expectativa é identificar os aspectos que possam ser aperfeiçoados para participar do debate. “O setor da construção tem um grau de informalidade acima de 50% e sofre com uma enorme rotatividade de trabalhadores”, adianta José Carlos Martins, presidente da CBIC. “Além disso, tem elementos da subempreita que nosso setor não pode prescindir”. A CBIC abriu interlocução com o governo federal e ouviu o assessor especial do Ministério do Trabalho Admilson Moreira dos Santos. Recebido na reunião do Conselho de Administração, ele explicou alguns pontos do PL encaminhado em dezembro de 2016. Segundo Santos, as questões mais importantes tratam da prevalência do negociado sobre o legislado. Ou seja, o acordo entre empregador, empregado e sindicato sobre alguns temas será mais importante que a lei em vigor; posição convergente com a das entidades da construção civil. A reforma também trará algumas alterações importantes para os trabalhadores temporários e àqueles que trabalham em tempo parcial, como, por exemplo, ter os mesmos direitos dos trabalhadores contratados sob o regime da CLT. O PL também irá permitir, entre outros pontos, o parcelamento de férias e mudanças na jornada de trabalho. O assessor também destacou que um dos principais problemas a ser atacado pela reforma é a produtividade. Dados do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), apontam que um trabalhador brasileiro produz aproximadamente 25% do trabalhador americano. Santos acredita que o projeto deve ajudar a reverter o quadro, pois as partes envolvidas farão negociações ajustadas para cada setor. “Se o Brasil não focar na produtividade não teremos condições de alcançar a taxa de crescimento almejada. O presidente Temer deixou bem claro que nós precisamos modernizar as leis com foco na produtividade. É um desafio que nós temos, mas também sem esquecer de preservar os direitos dos trabalhadores”, afirmou Santos.

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