De um lado, a crise sanitária despertou novos hábitos e necessidades de moradia, como a preferência por imóveis maiores para enfrentar o isolamento ou a busca por aluguéis mais baratos em decorrência da perda de renda. De outro, os juros nos menores patamares da história criaram terreno favorável à concessão de crédito e à reabilitação desse tipo de negócio como opção viável de investimento.
Com isso, passado o mês de abril o fundo do poço da economia em meio à crise sanitária o mercado imobiliário não só começou a se recuperar das perdas registradas a partir da segunda metade de março como vendeu mais do que no mesmo período de 2019.
No segundo trimestre, quando o PIB caiu 9,7% (mesma queda registrada pelo setor de serviços), as atividades imobiliárias cresceram 0,5%. As vendas, por exemplo, avançaram 9,7% no período de abril a junho, segundo indicador da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
No segmento econômico (imóveis com preços mais baixos), o aumento foi de 31,8%. Isso porque, segundo Luiz Antonio França, presidente da Abrainc, o segmento de baixa renda é resiliente às crises.
Na outra ponta, as comercializações de imóveis de médio e alto padrão ficaram 37,6% menores no segundo trimestre deste ano ante 2019. Segundo França, esse segmento balançou, mas começa a ter uma melhora nas vendas.
Com a taxa de juros a 2%, o investidor fica muito restrito e o imóvel passa a ser interessante, com a perspectiva de valorização ao longo do tempo, além do desejo de morar melhor, diz.
As mudanças de hábito decorrentes da pandemia, por sua vez, afetaram as preferências dessa nova demanda.
O distanciamento social e o trabalho remoto permitiram que muitos trabalhadores deixassem as grandes cidades alguns em busca de tranquilidade, outros em busca de aluguéis mais baratos, avalia a economista Juliana Trece, pesquisadora do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Desde junho, aumentaram as negociações no interior e no litoral tanto para aluguel quanto para compra de imóveis, afirma o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Augusto Viana Neto.
O primeiro momento da pandemia foi de um baque grande, mas em abril já houve uma reação. Quem tem emprego com carteira assinada continua fazendo negócios, diz.
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Fonte: Folha de S.Paulo
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