MINHA CASA REDUZ POUCO O DÉFICIT HABITACIONAL

A carência por casa própria caiu pouco desde início de Programa Minha Casa, Minha Vida,  em 2009, apesar de terem sido entregues de lá para cá 189 mil habitações. O público mais vulnerável, com renda até R$ 1,6 mil, é o menos beneficiado. Goiás é um dos dois Estados onde já foram celebrados mais contratos (188.473) nas duas etapas do programa do que o déficit habitacional contabilizado em 2009 (183.003) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O objetivo essencial do Minha Casa,  Minha Vida é, justamente, reduzir um dos problemas mais crônicos do País, que é o déficit habitacional. Diante disso, chama atenção o fato de que Goiás, a partir do número de contratos fechados, já teria superado o déficit (103%), o que não condiz com a realidade. Só em Goiânia, a Secretaria Municipal de Habitação estima que existem 30 mil famílias que se enquadram na Faixa 1 do programa e que ainda estão sem residência. Até então, 7,6 mil famílias já foram beneficiadas na Capital e faltam mais 272 moradias para serem entregues. O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Ilézio Inácio Ferreira, conta que, nos últimos anos, Goiás foi um dos Estados que mais efetuaram contratos no âmbito do Programa Minha Casa,  Minha Vida. Apesar disso, a maior parte foi celebrada com pessoas que se enquadram na Faixa 2 (renda mensal de até R$ 3,1 mil) e Faixa 3 (até R$ 5 mil). ?Pouco disso está na faixa de zero a três salários mínimos?, conta ele, complementando que é justamente esse público que tem a maior carência de moradia hoje. ?Temos mais de 165 mil necessidades de habitação no Estado hoje?, informa. A grande dificuldade para atender o público mais carente - Faixa 1 - e cumprir a função social do Minha Casa,  Minha Vida, segundo Ilézio, é encontrar terrenos dotados de estrutura urbana (água, energia, esgoto), assegurar a proximidade deles com os locais de trabalho e garantir que o custo da construção obedeça o valor máximo estipulado pelo governo - em torno de R$ 60 mil. ?Hoje, em Goiânia, não tem mais terrenos que o mercado possa acessar atendendo aos valores estipulados pelo governo?, afirma. Isso é o que favorece, muitas vezes, a construção de moradias em locais afastados da cidade, aonde o transporte coletivo ainda não chegou,  e os serviços básicos da mesma forma. (Fonte: O Popular)

Publicações relacionadas

Tags populares

Quer enviar um e-mail pra gente? Acesse nossa página de contato.

Filtrar