A questão da devolução de imóveis em construção volta à tona na mídia. No ano passado - diz o jornal O Popular, citando a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) -, cerca de um terço dos brasileiros que tentaram comprar a casa própria abandonou o projeto no meio do caminho. Em Goiás – complementa -, especialistas do mercado estimam que o porcentual de contratos de venda de imóveis na planta que tenham sido rescindidos seja de 15% a 20%. Por essas avaliações, as rescisões podem ficar ainda mais frequentes este ano, já que a Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento. A taxa de balcão subiu de 9,20% para 11% ao ano, o que encarece essa forma de crédito. Aliado a isso, inflação crescente, risco de desemprego e outros fatores da economia devem estimular os rompimentos, que já preocupam o mercado, observa o jornal. Procurado pela reportagem, o vice-presidente da ABMH, Wilson César Rascovit, explicou que, quando as construtoras não atrasam a entrega do imóvel, o principal motivo é a reprovação do financiamento pelo banco. Caso não tenha recursos próprios para prosseguir, isso obriga o comprador a desistir. “Quem não planeja a longo prazo, quando tem a entrega da chave em dois ou três anos vê disparidade de valores e assusta.” E prossegue: “Reserva para taxas e imprevistos muitas vezes ficam de fora dos cálculos, bem como o fato de que o momento econômico do País pode mudar. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), geralmente usado pelas construtoras, costuma ficar acima da inflação e passa despercebido. Por isso, as prestações podem ficar altas demais para a renda e inviabilizar a liberação de crédito, caso ainda mais comum para quem já tem outro comprometimento financeiro.” São citados na matéria casos específicos de compradores que se viram obrigados a optar pela devolução do imóvel pela falta de condições para continuar pagando pelo negócio e também por questões relacionadas à documentação e às exigências dos bancos. Em 2014, a ABMH atendeu 198 casos no Estado de desistência. O número há dois anos foi de quase o dobro, quando Goiânia também vivia explosão de lançamentos. “Agora não vão mais financiar 80%, por isso vão sentir a diferença”, diz Wilson Rascovit. Ouvido pelo jornal, o vice-presidente de Incorporação, Pesquisas e Estatísticas da Ademi-GO), Fernando Razuk, esclareceu que o problema é maior para aquelas empresas que não fazem análise de crédito antes da venda. E comentou: “Para o cliente o impacto é enorme, mas para a construtora também é mais difícil vender esses imóveis depois.”
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