Pela primeira vez, o governo federal conseguiu medir, em parceria com o setor privado, o chamado custo Brasil – termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos e pioram o ambiente de negócios. O projeto contou com o apoio de diversas organizações, entre elas a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Por ano, o custo Brasil consome das empresas um valor de aproximadamente R$ 1,5 trilhão, o que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O valor foi estimado a partir de trabalho conjunto de diagnóstico realizado nos últimos quatro meses, numa parceria do governo com o setor privado. A divulgação ocorreu na quinta-feira (28/11), durante o lançamento do Programa de Melhoria Contínua da Competitividade, do Governo Federal, em São Paulo.
O trabalho foi desenvolvido pelo Ministério da Economia em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e contou com a participação de diversas entidades setoriais, como a CBIC, a partir da necessidade de atender às demandas do setor produtivo diante de problemas relacionados ao custo Brasil. O programa permite a priorização de iniciativas que melhoram a competitividade brasileira.
A portaria de criação do programa foi assinada pelo titular da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Da Costa. Os principais objetivos são reduzir o custo Brasil e executar uma nova metodologia de análise e governança para avaliar e dar prioridade a propostas com maiores chances de melhorar o ambiente de negócios e a competitividade brasileira.
O estudo analisou os principais entraves à competitividade do setor produtivo brasileiro, tendo como referência o ciclo de vida das empresas. Foram elencados indicadores nas 12 áreas consideradas vitais para a competitividade do setor empresarial. O diagnóstico apresenta uma comparação do custo de se produzir no Brasil em comparação à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo Carlos Da Costa, o setor privado, por estar mais próximo dos entraves, tem fornecido importantes contribuições e ideias que agora serão analisadas à luz desse estudo. “Vamos fazer com que o Brasil seja o primeiro país do mundo a ter um processo continuado de melhoria da competitividade”, afirmou o secretário.
Além da CBIC, o projeto contou com o apoio das seguintes organizações: Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam), Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Grupo Farma Brasil, Instituto Aço Brasil e Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Fonte: Agência CBIC
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