Empresários, parlamentares, gestores e profissionais da construção civil reunidos para discutir a burocracia no segmento reclamam por mais rapidez na análise de projetos arquitetônicos pelo governo. Na última quinta-feira, durante o seminário O custo da burocracia no imóvel, promovido pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-DF) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor cobrou melhores condições de trabalho e reforço no número de servidores responsáveis pela aprovação de projetos, além da instituição de mecanismos de análise mais ágeis que substituam velhos procedimentos e a "papelocracia" das repartições. O motivo da reunião não poderia ser outro: a burocracia custa caro à economia. Segundo estudo publicado pela empresa de consultoria Booz & Company, o prazo médio de entrega de unidades habitacionais nas cinco regiões do País aumenta de 32 para 60 meses por conta da falta de celeridade nas prefeituras. O estudo foi conduzido em mais de 50 empresas de diferentes perfis em todo o País e concluiu que cerca de R$ 18 bilhões anuais são pagos por conta da burocracia, o que equivale a 12% do valor médio dos imóveis. No DF, no entanto, o segmento acredita que esse prejuízo alcance até 20% do valor final de venda. Todos concordam que algo deve ser feito contra a burocracia. O volume histórico de financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) é capaz de demonstrar como a gestão dos trâmites para a construção está atrasada. Em 2003, por exemplo, foram financiados R$ 2,3 bilhões com recursos do SFH, mas no ano passado esse valor atingiu R$ 120 bilhões, segundo a CBIC. "Se não temos estrutura de suporte para acompanhar esse incremento, escancaramos um problema que já é histórico. Devemos pensar sempre que reduzir o preço e o prazo de entrega de um imóvel incrementa diversos setores da economia", defende o presidente da entidade, José Carlos Martins. Hoje, no País, segundo o setor da construção civil, pelo menos 30 mil unidades habitacionais prontas para entrega não foram repassadas aos seus proprietários por conta da falta de liberação de habite-se pelas prefeituras. No DF, a Ademi estima que, pelo menos, 4,2 milhões de m² de obras de 192 projetos estão sob análise do governo. Caso saíssem do papel, elas poderiam gerar R$ 2,3 bilhões em impostos, R$ 20 bilhões em valores de venda final, além de 52 mil empregos diretos e 200 mil indiretos. (Fonte: Correio Braziliense)
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