A maior queda na construção de casas na China em pelo menos quatro anos não foi suficiente para dissuadir economistas de que os imóveis ainda contribuirão para o crescimento em 2014. Embora 12 de 18 economistas ouvidos pela Bloomberg digam que a China possui certa superabundância de moradias, só sete dizem que o mercado está numa situação de bolha nacional. Metade vê bolhas em algumas cidades. A construção de casas novas recuou 22% e as vendas caíram 7,8% neste ano, pondo à prova o compromisso de quatro anos do governo com as reduções no intuito de tornar as propriedades mais acessíveis e a sua relutância em adotar um novo pacote de estímulo econômico mais amplo. O tamanho da desaceleração repercutirá em tudo, da demanda local por minério de ferro da Austrália à venda de terrenos que ajudam governos locais a pagar sua dívida acumulada de US$ 3 trilhões. Um indicador de produção divulgado na sexta-feira sinalizou que a economia está se estabilizando depois que o governo anunciou isenções fiscais e gastos acelerados em ferrovias, para apoiar o crescimento. O índice de gerentes de compras do HSBC e da Markit Economics de maio subiu inesperadamente para 49,7 pontos, maior valor em cinco meses, aproximando-se da linha divisória entre expansão e contração, de 50 pontos. O UBS estima que o setor imobiliário representa mais de um quarto da demanda final da economia se forem incluídas as necessidades de bens geradas pelos imóveis, como equipamentos elétricos e instrumentos, químicos e metais. Cinco de 17 economistas disseram que o mercado imobiliário ainda fará uma contribuição líquida para o crescimento de entre 1 e 2 pontos percentuais neste ano, ao passo que quatro disseram que adicionará menos de 1 ponto e um projetou mais de 2 pontos. Seis previram recuo. Para o ano que vem, dez economistas anteveem uma contribuição líquida para o crescimento, enquanto cinco esperam uma queda. A segunda maior economia do mundo cresceu 7,4% no primeiro trimestre em relação a um ano atrás, frente a um ritmo de 7,7% no trimestre passado, segundo dados oficiais. A média de projeções de crescimento dos economistas para este ano, de 7,3%, constituiria o ritmo mais fraco desde 1990. (Fonte: Valor Online)
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