Após nove quedas consecutivas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 2% ao ano. A referida taxa é a menor desde o início do sistema de metas inflacionárias no Brasil, em 1999.
“A manutenção da Selic ocorre em meio a expectativas mais otimistas para a atividade econômica nacional. “Indicadores como a produção da indústria, as vendas do comércio varejista e o volume de serviços continuaram registrando resultados positivos no início do segundo semestre”, ressalta a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado e divulgado pelo Banco Central, também foi positivo e indicou incremento de 2,15% em julho em relação ao mês anterior. Com isso, as projeções para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do País estão sendo revistas para números menos pessimistas.
Melhores estimativas para o PIB
A Pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central, estimou retração de 5,11% para o PIB em 2020, a melhor projeção realizada nos últimos quatro meses. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou as suas perspectivas para o Brasil. A queda projetava agora é de -6,5% enquanto na estimativa anterior, realizada em junho, a retração aguardada correspondia a -7,4%. A OCDE também melhorou as perspectivas para a economia mundial. A contração aguardada para 2020 passou a ser de -4,5% enquanto a queda prevista anteriormente era de -6%. Já as estimativas do Ministério da Economia sinalizam queda da economia nacional de 4,7%.
Aumento nos custos dos materiais
A manutenção da Selic também acontece em meio ao incremento de preços na economia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que é o indicador da meta inflacionária nacional, registrou em agosto, alta de 0,24%, a maior para o mês desde 2016.
Nesse contexto, um desafio que está preocupando particularmente os construtores, e pode estar contribuindo para o adiamento de novos investimentos, é o aumento acentuado nos custos dos materiais. Produtos básicos como o aço e o cimento têm apresentado altas elevadas, prejudicando o andamento das obras e das atividades do segmento. A construção civil vem contribuindo com a economia nacional, ajudando o País a melhorar o seu nível de atividades. Inclusive, mesmo diante da pandemia, o setor registrou resultados positivos em seu mercado de trabalho formal nos primeiros sete meses do ano.
“O otimismo da construção civil para os próximos meses esbarra na preocupação com a expressiva elevação dos custos do setor”, afirma.
Fonte: Agência CBIC
Publicações relacionadas
Com mais de 20 anos de experiência em direito imobiliário, Melazzo assume liderança do CONJUR com compromisso de fortalecer iniciativas da construção civil no campo jurídico
Lançamento da Sousa Andrade Urbanismo em parceria com a Sobrado Urbanismo, a Fazenda Lumiar é um destino de lifestyle campestre, com design contemporâneo e lazer completo
Evento realizado em 26 de junho reuniu associados para esclarecimentos sobre as novas diretrizes da Prefeitura de Goiânia referentes ao TDC e à OODC
Promovido pela Sousa Andrade Construtora no Setor Marista, Pet & Prosa promete diversão, dicas e sorteios para os bichinhos de estimação