A queda das taxas de juros do financiamento imobiliário, que já estão abaixo da barreira dos 10% ao ano, sinaliza uma retomada consistente da construção civil. Apesar de não haver euforia, dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) revelam aumento contínuo da compra da casa própria por meio de financiamento.
Conforme a Abecip, nos últimos 12 meses contados até setembro (dado mais recente), foram financiados 273.986 imóveis no País, aumento de 33% sobre igual período do ano passado. Esses contratos equivalem a R$ 71,3 bilhões em crédito (alta de 39%).
Esses percentuais estão elevados devido à base de comparação anêmica – o mercado perdeu força desde a recessão de 2015-2016. Mas os números de unidades e os valores dos empréstimos superam desde janeiro, mês a mês, o desempenho de igual período do ano passado.
Nos últimos meses, o editorialista de A Tribuna, Alcindo Gonçalves, tem conversado com os empresários da construção para entender o momento do setor. Ele coordena esse segmento no Inova, um movimento que traça estratégias para desenvolver a região.
O retrato que ele tem é de que há uma melhora gradual no mercado imobiliário. “Há um otimismo moderado, pois as taxas de juros caíram e os financiamentos estão mais baratos”, afirma ele, que também coordena o Instituto A Tribuna de Pesquisa (IPAT).
O diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção do Estado (Sinduscon), Lucas Muniz Elias Teixeira, tem posição igual. “A taxa de desemprego cai desde 2018, a confiabilidade na economia melhorou e os bancos entraram na política de redução de juros”.
Desde o dia 6, a Caixa cobra 6,75% ao ano para financiar a casa própria. Se o mutuário aceitar um novo indexador na prestação, o IPCA, serão de 2,95% a 4,95% (mais o IPCA).
Nos bancos privados e no BB, as taxas estão na casa dos 7%. Como a previsão é a Selic cair dos atuais 5% ao ano agora para 3,75% no final de 2020, o crédito da casa própria poderá se tornar mais atraente ainda ao comprador.
Entraves
O desemprego é apontado pelos analistas, como a economista-chefe da XP, Zeina Latif, como condição para o País acelerar seu ritmo. O medo do consumidor é assumir um financiamento de pelo menos duas décadas de prestações e se deparar com uma demissão que vai empurrá-lo para as estatísticas de inadimplência.
Portanto, há três vetores que retardam o mercado de crédito imobiliário. Muito desemprego (11% no País), desconfiança para contrair empréstimo demorado e inadimplência.
Segundo a Serasa, em agosto, 63,4 milhões estavam inadimplentes, frente aos 61,2 milhões de igual mês do ano passado. Apesar do aumento, economistas afirmam que o perfil desse calote melhorou. Os consumidores primeiro tentam pagar dívidas mais caras ou sujeitas a penhora (bancos), mas adiam as baratas ou de menor impacto (condomínio).
Fonte: A Tribuna
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