Até o dia 17 de fevereiro moradores de dez estados brasileiros mais o Distrito Federal, querendo ou não, precisarão conviver com o polêmico horário de verão. Goiás está entre as unidades da federação cuja população precisou adiantar em uma hora os seus relógios. A medida atende à exigência do governo para economizar energia elétrica. A intenção é aproveitar a luminosidade extra, peculiar da estação. A estimativa da Agência Nacional Energia Elétrica (Annel) é de que nos mais de 120 dias de vigor do horário especial haja uma economia de 0,5% no consumo de eletricidade no País.
O que também é difícil de evitar é o impacto no organismo com o adiantamento em uma hora na nossa rotina diária. Segundo especialista em saúde, é natural a dificuldade de adaptação ao horário nos seus primeiros dias, sem falar na questão da segurança, já que a grande maioria dos trabalhadores começa seu expediente logo no começo da manhã, e muitos saem de casa para o serviço com as ruas ainda no escuro. A preocupação aumenta quando se depende do transporte público.
Com o objetivo de reduzir esse impacto negativo do horário de verão, uma construtora em Goiânia, a Dinâmica Engenharia, autorizou os colaboradores de suas obras - já que os da sede administrativa entram às 8h - a iniciarem o expediente em meia hora mais tarde e encerrarem 30 minutos além do horário convencional. Assim, nos canteiros de obra, o horário de trabalho que era das 7h às 17h passou para 7h30 às 17h30.
“É uma medida simples, mas que faz muita diferença. Muitas vezes o trabalhador ou trabalhadora precisa ficar sozinho no ponto de ônibus, e com a rua escura, isso traz muita insegurança. Há também a questão da economia, pois quanto mais cedo a pessoa se levanta, mais ela precisará ligar a luz. Mas, se levantar um pouco mais tarde, já não precisará”, explica a gestora de Recursos Humanos da Dinâmica Engenharia, Luciana Lima. Ela lembra que a adoção da medida foi feita após aprovação da mesma pelos colaboradores, que foram consultados.
O carpinteiro Antônio Cláudio Miranda, 38 anos, que trabalha no canteiro de obras do residencial Celebrate Vaca Brava, empreendimento da Dinâmica, aprovou a medida adotada pela empresa. “Eu vou trabalhar de moto e mesmo assim sinto um certo medo de passar nas ruas, que ainda estão vazias e escuras às 6h da manhã. E ainda podemos dormir mais 30 minutos, que faz uma diferença no decorrer do dia”, afirma o colaborador.
Fonte: Assessoria
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