O setor da construção civil apresentou no terceiro trimestre de 2019 o melhor desempenho para o setor desde o primeiro trimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O segmento cresceu 4,4% ante o resultado do terceiro trimestre de 2018. Os dados foram divulgados terça-feira pelo IBGE.
A construção civil é apontada como um bom termômetro para investimentos e emprego, pois mobiliza muita mão de obra. O motor desse segmento costuma ser um misto de ganho de renda da população, confiança do empresariado e das famílias de que dias melhores virão e investimento público, cada vez mais restrito.
— É um crescimento puxado principalmente pela construção imobiliária, não pela infraestrutura. A construção cresceu esses dois trimestres, mas ainda está 30% abaixo do maior dado, que foi no primeiro trimestre de 2014 — ressalta Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais.
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), destaca que o setor vai manter o crescimento: — O crescimento da construção civil é uma boa notícia para a economia do país. É movimento já consistente em São Paulo, mas com força também no Centro-Oeste, puxado pela renda gerada pelo agronegócio. Tradicionalmente, a recuperação começa por São Paulo e, depois, chega aos demais estados.
Por ora, contudo, a retomada na construção está restrita ao segmento residencial do mercado imobiliário, que representa apenas uma pequena fatia do potencial do setor, explica Martins.
A construção civil, continua ele, conta com quatro grandes pilares. Um deles é o de obras públicas, parado pela falta de capacidade de investimento do governo. Há ainda o vetor de obras de infraestrutura realizadas pelo modelo de parceria público-privada, como o usado nas grandes concessões sendo feitas em rodovias, aeroportos e outras. Existem as obras de projetos industriais e corporativos e, por fim, o imobiliário residencial.
— O governo aposta em grandes PPPs, mas são projetos que demandam maior prazo de maturação, licenciamento, até acontecerem. Na indústria e no corporativo ainda há grande capacidade ociosa. É um pilar forte em investimento, mas só virá com a recuperação econômica mais forte — diz o executivo. — O imobiliário residencial está indo, mas com um fator preocupante: ancorado nas classes média e média alta. Na moradia popular, onde o mercado é maior, faltam recursos e política de habitação definida.
Apesar do resultado positivo, o nível de desempenho da construção ainda está 30% abaixo do maior nível registrado para atividade econômica, no primeiro de 2014.
O resultado para o trimestre acompanha a alta registrada no segundo trimestre de 2019, quando foi interrompida a série de 20 trimestres consecutivos, na comparação anual, de retração do setor. Além disso, acumula o segundo trimestre consecutivo de avanço da atividade econômica, tanto na comparação anual quanto na trimestral. Nessa última, apresenta alta de 1,3%
Fonte: Época Negócios
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