CONSTRUÇÃO APOSTA NA RETOMADA APÓS ‘DÉCADA PERDIDA’

A construção civil decresceu 6% entre os anos de 2010 e 2019 e foi segmento com pior desempenho no Brasil na década, mas voltou a crescer no último ano, devendo fechar o exercício com alta de 2% em seu Produto Interno Bruto (PIB). A análise faz parte do estudo ‘Economia nacional e construção civil: desempenho recente e perspectivas’, apresentado durante a reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), na terça-feira (12), em Brasília.

Realizado pela economista Ieda Vasconcelos, o levantamento integra as ações do projeto Bancos de Dados da Construção, realizado pela CBIC e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional). Ele é desenvolvido com foco no acompanhamento do cenário econômico internacional e nacional, assim como propor alternativas para a atividade.

Ieda observou uma clara mudança de rota na economia. Para ela, a construção civil voltou a puxar para cima o PIB do Brasil. “Estimativas sinalizam crescimento de 1,2% do PIB nacional em 2019, no momento em que o setor também volta a crescer, após cinco anos, e a atividade movimenta uma cadeia de outros 62 setores, tem uma grande capilaridade, gera empregos rapidamente e está 30% abaixo do pico de suas atividades, alcançado em 2013”, relacionou a economista.

Em sua apresentação, Ieda também analisou, no período 2010 a 2019, a evolução de:

– Inflação oficial do país;

– Índices de bolsa de valores;

– Taxa de câmbio;

– Mercado de trabalho e emprego formal; e

– Queda da produção industrial.

Ao tratar de dados mais cotidianos e dos reflexos do cenário internacional na indústria da construção brasileira, Ieda Vasconcelos pontuou os seguintes assuntos:

– Evolução das exportações brasileiras, com destaque para o comércio com a China;

– Retomada do crescimento das vendas de cimento;

– Financiamento imobiliário;

– Participação atual da construção no mercado de trabalho;

– Saldo de empregos por unidade federativa;

– Contribuição para a Previdência da população ocupada; e

– Micro e pequenas empresas na construção civil.

Fonte: Agência Brasil

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