ADEMI-GO É CONTRA A PARALISAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) se posiciona contrária à paralisação das obras como foi proposto pelo governador em decreto de ontem, 29 de junho. A associação enviou ofício ao prefeito de Goiânia, íris Rezende, solicitando que não acompanhe o decreto do governador. Um apelo do setor para que o prefeito seja sensível ao pedido. “Acreditamos que o prefeito será sensível ao nosso pedido. Como grande obreiro que é, sabe das responsabilidades que nós temos e de tudo o que fizemos para manter nossas obras de forma segura”, avalia o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias.

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), divulgados em junho, mostram que o número de infectados atingiu apenas 1,15% do total de 55 mil trabalhadores presentes nos canteiros de obras do país. Com base nos dados desse relatório, o ministro Paulo Guedes citou a indústria da construção como exemplo de atividade produtiva que cumpre protocolos e tem baixo prejuízo à saúde dos trabalhadores. O Governo Federal chegou a emitir decreto colocando as obras como serviços essenciais, justamente por entender o baixo grau de contaminação.

O cenário que está sendo imposto em Goiás, não se reflete o que vem sendo feito no país. “As obras não pararam em praticamente nenhum estado brasileiro (além de Goiás, apenas o Pernambuco e Piauí pararam, mas já retomaram as atividades”, reflete Elias.

A Ademi-GO, através de seu presidente, por fim, questiona o motivo pelo qual o decreto permite a continuidade das obras públicas. “Se o decreto vem para resolver um problema sanitário, por que as obras públicas podem continuar, e as privadas, que geram emprego, renda, sustento para milhares de família e seguem rigorosos controles, não?”

Setor é responsável e salva vidas

A construção civil gera milhares de empregos e sustento no Estado. Quem trabalha no setor são as pessoas que mais precisam. E as empresas têm enfrentado a crise provocada pela pandemia da Covid-19 mantendo os postos de trabalho e aplicando em suas obras medidas severas de controle e desinfecção. Por ser uma atividade que não gera aglomerações e os ambientes das obras são extremamente ventilados, principalmente em obras verticais, a Ademi-GO não entende como sendo necessário envolver o setor na paralisação proposta pelo Governo do Estado.

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado (Ademi-GO) reforçou às associadas e ao mercado imobiliário em geral as orientações para um trabalho seguro e responsável em tempo de pandemia pela Covid-19. Entre elas estão o escalonamento de horário dos trabalhadores para evitar aglomeração na chegada e evitar os horários de pico no transporte público coletivo, além da aferição de temperatura dos colaboradores na chegada e ao longo da jornada diária do trabalho, e o uso de máscaras durante toda a permanência no canteiro de obras.

Os trabalhadores pertencentes aos grupos de risco foram afastados do trabalho e são monitorados à distância. Os profissionais também são advertidos para evitar cumprimentos sem abraços ou apertos de mão e, a todo momento, lavar as mãos e fazer uso do álcool em gel. As refeições, realizadas em grupos pequenos e com distanciamento entre os profissionais. Os equipamentos e instrumentos, higienizados com frequência e o uso dos elevadores ser feito de forma controlada para evitar aglomeração.

  1. Todas as obras tem cumprido rigorosos protocolos sanitários:
    • Os operários não estão indo para as obras de transporte público (usam carro, moto e até mesmo transporte disponibilizado pelas próprias construtoras);
    • Álcool gel;
    • Operários acima de 60 anos foram afastados;
    • Eventuais reuniões acontecem ao ar livre;
    • Refeitórios ventilados e com distanciamento
    • Entre outras medidas citadas acima.
  2. Do ponto de vista operacional, é impossível mobilizar e desmobilizar obras a cada duas semanas;
  3. É impossível para as empresas que possuem em 100, 200, 300 funcionários pagar o salário do mês para os operários trabalharem apenas 14 dias... esse decreto agravará substancialmente o problema de desemprego em Goiânia;
  4. Os incorporadores têm prazo pactuado com os clientes para entrega dos empreendimentos. Imaginem quantos milhares de famílias serão impactadas sem receber a casa própria na data pactuada;
  5. O impacto na economia será muito alto. Desemprego de operários, e todo o prejuízo da gigante cadeia de insumos e serviços ligadas à construção (cada produtor e revendedor de materiais, fornecedores de alimentação para as obras, etc);
  6. Os operários nas obras das associadas à Ademi-GO são cuidados e seguem rigorosos protocolos. Em esses operários farão “bico” nos seus bairros para manterem o sustento da família. Pelo ponto de vista epidemiológico eles sairão de um ambiente controlado para o de exposição comunitária.  Algo que, para o controle da pandemia é algo que pode agravar o quadro no nosso Estado.

Fonte: Assessoria

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